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CONSCIENTIZAÇÃO
Em 2021, Mato Grosso registrou 854 casos de HIV
Nas últimas décadas houve grandes avanços científicos no combate ao HIV, mas apesar disso, o Brasil vem registrando nos últimos anos, números preocupantes em relação à infecção. Um dos fatores que influenciaram para os dados alarmantes apresentados no final do ano passado foi a redução das ações de conscientização e combate a IST. No Mato Grosso, entre 2007 e 2010 foram registrados 465 casos de HIV, o que difere da realidade apresentada em 2021, quando 854 casos foram registrados. Entre 2007 e 2022 o estado já registrou 7.309 ocorrências e o ano com maior número de registros foi 2019, com 989.
Segundo o último Boletim Epidemiológico de HIV/Aids, publicado em dezembro do ano passado, pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, a região Centro-Oeste do país registrou em 2021, 3.665 casos de HIV. Além disso, em todo o país no mesmo ano, 40.880 ocorrências foram identificadas.
Ainda segundo a pasta, entre 2011 e 2021, mais de 52 mil jovens de 15 a 24 anos com HIV evoluíram para a síndrome da imunodeficiência adquirida (aids). Além disso, em 2021, 40,8 mil casos de HIV e outros 35,2 mil casos de aids foram notificados no Brasil por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), de acordo com o Boletim Epidemiológico de HIV/aids do ano passado.
Desde o primeiro caso identificado em território nacional, em 1980, até junho de 2022, já foram detectados 1.088.536 casos de aids. Somente em 2021, mais de 11 mil óbitos foram registrados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) em decorrência do agravo, com uma taxa de mortalidade padronizada de 4,2 óbitos por 100 mil habitantes.
HIV e aids
O HIV é o vírus (Vírus da Imunodeficiência Humana) causador da aids (da sigla em inglês para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida). Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças.
Ter o HIV não é a mesma coisa que ter aids. Há muitas pessoas que carregam o vírus e que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.
O uso da camisinha externa ou interna, em todas as relações sexuais, é um método seguro e eficaz para proteção contra o HIV e outras IST. Elas são distribuídas de graça em todas as unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Ademais, caso apresente exposição sexual com risco de infecção, a pessoa deve se informar sobre a profilaxia pós-exposição (PEP), oferecida também por meio do SUS, que deve ser iniciada em até 72 horas.
Ministério da Saúde