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MÊS DA MULHER
Câncer do colo de útero: estimativa é de 660 casos este ano em Goiás
Dados de 2020 do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que o estado de Goiás deve ter 660 novos casos de câncer este ano. O número preocupa considerando que a doença é a terceira causa de mortes prematuras no Brasil.
Causado por alguns tipos Papilomavírus Humano (HPV), alterações celulares podem ocasionar a doença. Embora seja passível de identificação e tratamento antes das formas graves, a última Pesquisa Nacional de Saúde revelou que a taxa de rastreamento é menor em mulheres de baixa escolaridade, pardas e negras. A constatação espelha a desigualdade a que estão sujeitas as mulheres na América Latina e no Caribe, que acumulam 80% das ocorrências nas Américas.
Acesso e sensibilização
A campanha Março Lilás é promovida para dar visibilidade a importância dos exames de rotina que podem identificar alterações causadas pelo HPV e podem evoluir para o câncer. Nesse sentido, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece atendimento específico para as mulheres.
Identificar lesões precursoras garantem a não evolução para o câncer. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que seria possível reduzir entre 60% e 90% das ocorrências aumentando o rastreamento da população feminina para, ao menos, 80% das mulheres. Por ser uma doença sexualmente transmissível, o uso da camisinha nas relações sexuais é um importante método de prevenção, além da vacina ofertada gratuitamente pelo SUS, que é a tecnologia que garante maior proteção.
A recomendação do imunizante é para meninas e meninos entre 9 e 14 anos, além da população imunossuprimida (vivendo com HIV/Aids, submetidos a transplantes de órgãos sólidos/medula óssea e pacientes oncológicos), de 15 a 45 anos. Desde 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) trabalha com a meta de eliminar o câncer de colo de útero e o classifica como um problema de saúde pública mundial.
Ministério da Saúde