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MÊS DA MULHER
DF deve ter 240 novos casos de câncer de colo do útero neste ano, estima Inca
Durante todo o ano de 2023, o Distrito Federal deve registrar 240 casos de câncer do colo do útero, doença considerada a terceira causa de mortes prematuras de mulheres no país. A estimativa é do Instituto Nacional de Câncer (Inca) e aponta para a importância da prevenção e da imunização contra o Papilomavírus Humano (HPV).
O câncer do colo do útero pode ocorrer em qualquer faixa etária, porém é mais comum em mulheres mais maduras, com maior incidência de casos na fase da menopausa. A forma mais comum da doença origina-se no endométrio (revestimento interno do útero), embora possa iniciar em diferentes partes do órgão.
A doença, contudo, é um desafio para a gestão pública, principalmente pela projeção de até 51 mil mulheres com o diagnóstico da doença até 2026. Apesar da estimativa, contudo, o número pode ser reduzido com a adoção de mecanismos de controle, como vacinação e rastreamento preventivo.
A dificuldade, no entanto, é que tais abordagens esbarram nas desigualdades sociais e regionais do país. A última Pesquisa Nacional de Saúde revelou que a taxa de rastreamento é consideravelmente menor em mulheres de baixa escolaridade, pardas e negras.
Prevenção começa cedo
A recomendação do Ministério da Saúde é que a vacinação seja feita em duas doses, com o intervalo de seis meses. Atualmente, a vacina é administrada pela rede pública de saúde para meninas e meninos entre 9 e 14 anos, pois a imunização é mais eficaz se administrada antes do início da vida sexual. Grupos especiais, como imunossuprimidas (com HIV/Aids, submetidos a transplantes de órgãos sólidos/medula óssea e pacientes oncológicos), a vacina é indicada até os 45 anos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) trabalha, desde 2020, com a meta de eliminar o câncer de colo de útero e o classifica como um problema de saúde pública mundial.
A meta do Ministério da Saúde é vacinar pelo menos 80% da população alvo para alcançar o objetivo de reduzir a incidência deste câncer nas próximas décadas no país. A vacinação, em conjunto com o exame preventivo, complementa-se com as ações de controle deste tipo de câncer. Mesmo as mulheres vacinadas, deverão realizar o exame preventivo regularmente, pois a vacina não protege contra todos os subtipos do HPV.
Ministério da Saúde