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INFÂNCIA E SAÚDE
Distrito Federal foi o segundo estado do centro-oeste que mais registrou internações por desnutrição infantil em 2022
A desnutrição infantil é uma realidade em nosso país. Em 2022, o Brasil registrou 2.754 internações de bebês menores de um ano por desnutrição, sequelas da desnutrição e deficiências nutricionais. Segundo o Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os números nacionais registrados no ano passado correspondem a sete baixas hospitalares por dia e o Distrito Federal foi o segundo estado da região Centro-Oeste que mais registrou internações, com 65 casos de desnutrição em bebês em 2022.
Os dados do ano passado acompanharam o cenário negativo já apresentado em 2021, quando foram registradas 2.979 hospitalizações com o mesmo diagnóstico, o índice mais elevado dos últimos 13 anos.
O Centro-Oeste registrou, no ano passado, 777 hospitalizações, ficando atrás somente da região Nordeste.
Problema de saúde pública
A primeira infância é uma fase de intenso crescimento e desenvolvimento, com especial destaque para os primeiros dois anos de vida, considerados uma janela de oportunidades. Crianças com desnutrição podem ter repercussões irreversíveis, como baixa estatura, menor rendimento escolar, recorrência de doenças infecciosas, prejuízos no desenvolvimento psicomotor e menor renda e produtividade na idade adulta. Além disso, a desnutrição também está associada à maior mortalidade.
Devido ao alto risco de morte, crianças com desnutrição grave devem ser diagnosticadas e acompanhadas por meio de internação hospitalar até que o risco diminua e ela possa, então, ser assistida em outros níveis de atenção à saúde.
É essencial que haja a ação efetiva do cuidador e o apoio deve ser dado por trabalhadores de saúde devidamente capacitados em reabilitação nutricional.
O Ministério da Saúde salienta que, em todos os casos, mas sobretudo, em ocorrências de desnutrição e/ou ganho de peso insuficiente em crianças em fase de aleitamento materno, é importante que a amamentação seja contínua sempre que possível e de forma exclusiva até os 6 meses de idade. A partir dessa idade, o leite materno deve ser complementado com uma variedade de alimentos adequados, saudáveis e seguros. A amamentação é uma das medidas de prevenção da condição de desnutrição e deve ser continuada até os dois anos de idade ou mais.
Ministério da Saúde