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MÊS DA MULHER
Mais de mil casos de câncer de colo do útero são esperados, este ano, no Ceará
Ao longo deste ano, o estado do Ceará deve registrar 1.030 casos de câncer de colo do útero. A estimativa é do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e reforça a importância da prevenção contra a doença. Atualmente, os dois métodos mais eficazes de proteção são a vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV) e a realização dos exames preventivos capazes de detectar as lesões iniciais que podem evoluir ao câncer.
Ambos os serviços são ofertados, gratuitamente, pelo SUS. O Ministério da Saúde recomenda a administração do imunizante para meninos e meninas entre 9 e 14 anos. No entanto, no que se refere aos mecanismos de controle, como rastreio, as abordagens esbarram na desigualdade social e regional do país. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, a cobertura é menor em mulheres de baixa escolaridade, pardas e negras.
Os resultados da pesquisa são preocupantes, principalmente porque a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que de 60% a 90% das ocorrências do câncer do colo do útero poderiam ser reduzidas com o rastreamento dos exames.
Sinais e sintomas:
O câncer do colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas na fase inicial. Nos casos mais avançados, podem ocorrer sangramento vaginal intermitente e, após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais. A melhor forma de garantir a detecção precoce são os exames preventivos, como o conhecido Papanicolau, mesmo sem a presença de sintomas. O diagnóstico nas fases iniciais é importantíssimo porque aumentam as chances de cura.
Vale lembrar que a rede pública oferece esses atendimentos de forma gratuita e para realizá-los a única recomendação é não ter relações sexuais, mesmo com camisinha, no dia anterior ao exame, assim como evitar o uso de duchas, medicamentos vaginais ou anticoncepcionais locais, nas 48 horas anteriores à sua realização. Além disso, é importante não estar menstruada, porque a presença de sangue pode alterar o resultado. Para as grávidas, o exame pode ser realizado sem risco ou prejuízo ao bebê ou para a gestação.
Ministério da Saúde