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INFÂNCIA E SAÚDE
Ceará registrou 70 internações de bebês menores de um ano em 2022
Somente em 2022, a região Nordeste do país registrou 1.175 internações de bebês menores de um ano por desnutrição, sequelas da desnutrição e deficiências nutricionais. Desse total, 70 hospitalizações aconteceram no estado do Ceará, segundo o Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) explica que a desnutrição é a ingestão alimentar inadequada que resulta em déficit de peso e de estatura e deficiência de micronutrientes.
Os determinantes de saúde mais reconhecidos da desnutrição infantil incluem:
- Baixo peso ao nascer;
- Falta de aleitamento materno;
- Desnutrição materna e;
- Anemia da mãe e da criança.
A baixa escolaridade materna, renda familiar insuficiente, falta de saneamento básico, deficiências na realização do pré-natal, maior número de filhos e deficiências no acompanhamento pelos serviços de saúde das crianças que compõem o grupo de risco, também são motivos para a deficiência nutricional.
Quando a desnutrição é causada por ingestão insuficiente de alimentos, seja no âmbito quantitativo ou qualitativo, é denominada primária e está atrelada às condições ambientais e socioeconômicas desfavoráveis. Ressalta-se que as infecções e a diarréia fazem parte do quadro de desnutrição primária como causas ou como agravantes dessa condição nutricional nas crianças.
O Ministério da Saúde informa que a Atenção Primária à Saúde (APS) é a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) e tem papel essencial na identificação de indivíduos com desnutrição, na avaliação de fatores de risco, na orientação e no acompanhamento. A assistência à saúde para populações em situação de vulnerabilidade requer que os fatores de risco conhecidos sejam identificados e as ações para a prevenção da desnutrição sejam implementadas.
Ministério da Saúde