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MÊS DA MULHER
Câncer do colo do útero: Inca estima 1,1 mil registros este ano na Bahia
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima, para este ano, o diagnóstico de 1.160 casos de câncer do colo do útero na Bahia. A doença é a terceira causa de mortes prematuras femininas no Brasil, causada pela infecção persistente de alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV). No entanto, estima-se que cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas vão adquirir, ao longo de suas vidas, o vírus, por isso, a melhor prevenção, é a imunização contra o HPV.
Desde 2014, o Ministério da Saúde implantou a vacina no calendário vacinal e o imunizante é recomendado para meninos e meninas entre 9 e 14 anos. O objetivo da pasta é alcançar, ao menos, 80% da cobertura vacinal do público alvo e debater o tema, principalmente, neste mês do Março Lilás, em que se discute os direitos das mulheres.
Além do imunizante, os exames preventivos são outra ferramenta primordial no combate ao câncer. No entanto, as desigualdades sociais e regionais do país são um entrave. Conforme a Pesquisa Nacional de Saúde, a taxa de rastreamento é menor em mulheres de baixa escolaridade, pardas e negras, o que reduz a eficácia do tratamento contra a doença.
Sinais e sintomas:
O câncer do colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas na fase inicial. Nos casos mais avançados, podem ocorrer sangramento vaginal intermitente e, após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais. A melhor forma de garantir a detecção precoce são os exames preventivos, como o conhecido Papanicolau, mesmo sem a presença de sintomas. O diagnóstico nas fases iniciais é importantíssimo porque aumentam as chances de cura.
Vale lembrar que a rede pública oferece esses atendimentos de forma gratuita e para realizá-los a única recomendação é não ter relações sexuais, mesmo com camisinha, no dia anterior ao exame, assim como evitar o uso de duchas, medicamentos vaginais ou anticoncepcionais locais, nas 48 horas anteriores à sua realização. Além disso, é importante não estar menstruada, porque a presença de sangue pode alterar o resultado. Para as grávidas, o exame pode ser realizado sem risco ou prejuízo ao bebê ou para a gestação.
Ministério da Saúde