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INFÂNCIA E SAÚDE
Bahia internou 480 bebês menores de um ano por desnutrição em 2022
No último ano, a Bahia registrou 480 internações de bebês menores de um ano por desnutrição, sequelas da desnutrição e deficiências nutricionais. De acordo com o Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Brasil, o estado baiano concentrou o maior número de casos.
Quando ocorre na primeira infância, a desnutrição está associada à maior mortalidade, à recorrência de doenças infecciosas, a prejuízos no desenvolvimento psicomotor, além de menor aproveitamento escolar e menor capacidade produtiva na idade adulta. A Organização Mundial da Saúde (OMS) explica que a desnutrição é a ingestão alimentar inadequada que resulta em déficit de peso e de estatura e deficiência de micronutrientes.
Além das altas taxas de mortalidade, a deficiência nutricional também pode causar problemas permanentes no desenvolvimento cognitivo, no crescimento, no sistema imune e no maior risco às doenças recorrentes que implicam menor qualidade de vida. Essas consequências podem impactar em menores chances de ascensão social e econômica na vida adulta.
O Ministério da Saúde informa que a Atenção Primária à Saúde (APS) é a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) e tem papel essencial na identificação de indivíduos com desnutrição, na avaliação de fatores de risco, na orientação e no acompanhamento. A assistência à saúde para populações em situação de vulnerabilidade requer que os fatores de risco conhecidos sejam identificados e as ações para a prevenção da desnutrição sejam implementadas.
A Pasta alerta que o pré-natal é a primeira oportunidade para promover ações de prevenção da desnutrição infantil no âmbito da APS. Além disso, o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida e a alimentação complementar saudável, com continuidade da amamentação até os 2 anos de idade, são algumas ações para prevenir essa condição. Entretanto, ainda dependem de medidas amplas, para além de ações no campo da saúde pública, que sejam eficientes no combate à pobreza e à fome.
Ministério da Saúde