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PREVENÇÃO
Amazonas notificou 320 casos de hanseníase em 2022. Saiba como prevenir:
Responsável por praticamente 90% dos casos de hanseníase diagnosticados em todo o continente americano, o Brasil é o segundo país do mundo com o maior número de ocorrências da doença. Apenas em 2022, foram mais de 17,2 mil registros. Devido aos altos índices, a infecção ainda é considerada um problema de saúde pública no país.
Somente o Amazonas notificou preliminarmente, no ano passado, 320 casos gerais, além de 34 registros em pacientes menores de 15 anos. A hanseníase pode causar lesões neurais e danos irreversíveis, mas se diagnosticada precocemente, a infecção é curável. Por isso, é importante que o paciente, ao perceber sintomas de risco, procure o atendimento profissional.
Confira os sinais de alerta:
Manchas (brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas) e/ou áreas da pele com alteração da sensibilidade térmica (de frio e calor), dolorosa e/ou tátil;
Comprometimento dos nervos periféricos, geralmente com engrossamento da pele, associado a alterações sensitivas, motoras e/ou autonômicas;
Áreas com diminuição dos pelos e do suor;
Sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente em mãos e pés;
Diminuição ou perda da sensibilidade e/ou da força muscular na face, e/ou nas mãos e/ou nos pés;
Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
Para auxiliar na identificação da doença, a partir de fevereiro o Ministério da Saúde dará início a distribuição de 150 mil testes rápidos para o apoio ao diagnóstico no Sistema Único de Saúde (SUS). O anúncio da estratégia foi feito durante a cerimônia de abertura do Seminário “Hanseníase no Brasil: da evidência à prática”, realizado na penúltima semana de janeiro.
Durante discurso, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, reforçou a importância de combater a desinformação e o preconceito que envolvem, ainda hoje, a infecção. “Não é apenas a doença que é negligenciada, mas também as pessoas. Por isso, o esforço conjunto no combate à infecção é essencial para vencer uma doença que, historicamente, é carregada de estigma”, avaliou.
A titular do órgão aproveitou o Seminário para elogiar as instituições e os pesquisadores brasileiros, responsáveis por desenvolver a tecnologia dos testes. Ao todo, a rede pública terá disponível o exame rápido (sorológico) e o biologia molecular (qPCR), além do teste PCR que auxiliará na detecção da resistência a antimicrobianos. Com a iniciativa, o Brasil passa à vanguarda mundial no diagnóstico da doença.
Ministério da Saúde