Amazonas registrou 65 casos internações de bebês menores de um ano por desnutrição

O Brasil registrou, em 2022, 2.754 internações de bebês menores de um ano por desnutrição, sequelas da desnutrição e deficiências nutricionais. Desse total, 65 casos ocorreram no estado do Amazonas, de acordo com o Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

As consequências da desnutrição para as crianças são devastadoras, não só pelas altas taxas de mortalidade como também pelo comprometimento, muitas vezes permanente, no desenvolvimento cognitivo, no crescimento, no sistema imune e no maior risco às doenças recorrentes que implicam menor qualidade de vida.

Devido ao alto risco de morte, as crianças com desnutrição grave devem ser adequadamente diagnosticadas e necessitam de internação hospitalar até que este risco diminua e elas possam, então, ser acompanhadas em outros níveis de atenção à saúde, inclusive em domicílio. Nesse nível, é essencial que haja a ação efetiva do cuidador e o apoio deve ser dado por trabalhadores de saúde devidamente capacitados em reabilitação nutricional.

Ações para prevenir a desnutrição

- Realizar avaliação do peso e da estatura e de marcadores do consumo alimentar com o devido registro no Sistema de Informação em Saúde adotado na APS;

- Realizar assistência ao pré-natal com foco na prevenção da desnutrição;

- Realizar busca ativa de recém-nascidos que não são acompanhados nos serviços de saúde para a prevenção da ocorrência da desnutrição;

- Promover e apoiar o aleitamento materno exclusivo até os seis meses, sendo continuado até os dois anos ou mais;

- Promover a alimentação complementar saudável;

- Monitorar e avaliar a situação de insegurança alimentar no território.

Ministério da Saúde