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MÊS DA MULHER
Inca projeta até 370 casos de câncer do colo do útero no Alagoas este ano
Ao longo deste ano, Alagoas poderá registrar cerca de 370 casos de câncer do colo do útero, doença considerada a terceira causa de mortes prematuras femininas no Brasil. A estimativa é do Instituto Nacional de Câncer (Inca) que aponta para a importância da prevenção e da imunização contra o Papilomavírus Humano (HPV).
O desenvolvimento da doença está associado à infecção persistente pelo vírus, no entanto, estima-se que 80% das mulheres sexualmente ativas irão adquiri-lo ao longo de suas vidas. Por isso, a principal forma de prevenção é a vacina contra o HPV. O imunizante já está implementado no calendário vacinal desde 2014, e a recomendação do Ministério da Saúde é a aplicação das doses em meninos e meninas entre 9 e 14 anos.
A doença, contudo, é um desafio para a gestão pública, principalmente pela projeção de até 51 mil mulheres com a doença até 2026. Apesar da estimativa, o número pode ser reduzido com a adoção de mecanismos de controle, como vacinação e rastreamento preventivo.
A dificuldade, no entanto, é que tais abordagens esbarram nas desigualdades sociais e regionais do país. A última Pesquisa Nacional de Saúde revelou que a taxa de rastreamento é consideravelmente menor em mulheres de baixa escolaridade, pardas e negras.
Sinais e sintomas:
O câncer do colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas na fase inicial. Nos casos mais avançados, podem ocorrer sangramento vaginal intermitente e, após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais. A melhor forma de garantir a detecção precoce são os exames preventivos, como o conhecido Papanicolau, mesmo sem a presença de sintomas. O diagnóstico nas fases iniciais é importantíssimo porque aumentam as chances de cura.
Vale lembrar que a rede pública oferece esses atendimentos de forma gratuita e para realizá-los a única recomendação é não ter relações sexuais, mesmo com camisinha, no dia anterior ao exame, assim como evitar o uso de duchas, medicamentos vaginais ou anticoncepcionais locais, nas 48 horas anteriores à sua realização. Além disso, é importante não estar menstruada, porque a presença de sangue pode alterar o resultado. Para as grávidas, o exame pode ser realizado sem risco ou prejuízo ao bebê ou para a gestação.
Ministério da Saúde