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PREVENÇÃO
Alagoas registrou 252 novos casos de hanseníase no último ano
No ano de 2022, 252 novos casos de hanseníase, doença infecciosa que atinge principalmente a pele, as mucosas e os nervos periféricos, foram diagnosticados, preliminarmente, no estado de Alagoas. A doença tem cura, entretanto ainda é considerada um problema de saúde pública. Por isso, o Ministério da Saúde reforça a importância da conscientização e atenção aos primeiros sintomas.
De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, os dados alertam para a importância da conscientização e atenção aos primeiros sinais. Atualmente, o Brasil faz parte da lista de 23 países prioritários para a hanseníase definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Nesse cenário, a pasta anunciou que a partir do mês de fevereiro dará início à distribuição de 150 mil testes rápidos para o apoio ao diagnóstico da hanseníase no Sistema Único de Saúde (SUS). Essa medida coloca o Brasil como primeiro país no mundo a ofertar insumos para a detecção da doença na rede pública.
Os sinais e sintomas mais frequentes são manchas de cores variadas nas diferentes partes do corpo, que geralmente estão associadas a uma perda de sensibilidade ao toque e à dor, além de possuírem uma temperatura diferente do restante da pele; áreas com diminuição de pelos e suor; sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente em mãos e pés; diminuição ou perda da sensibilidade e/ou da força muscular na face, e/ou nas mãos e/ou nos pés; e caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
O diagnóstico da hanseníase é realizado por meio do exame físico geral, dermatológico e neurológico, para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos com alterações sensitivas, motoras e/ou autonômicas.
Os casos com suspeita de comprometimento neural, sem lesão cutânea (suspeita de hanseníase neural primária), e aqueles que apresentam área com alteração sensitiva e/ou autonômica duvidosa e sem lesão cutânea evidente, deverão ser encaminhados para unidades de saúde de maior complexidade para confirmação diagnóstica.
A hanseníase acomete pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade, mas é necessário um longo período de exposição à bactéria e apenas uma pequena parcela da população infectada realmente adoece. A infecção pode causar lesões neurais e danos irreversíveis, por isso, quanto mais precoce o diagnóstico e tratamento adequado, maiores são as chances de cura.
Ministério da Saúde