Parceria entre Receita Federal e universidades desenvolve protótipo de automação para controle de mercadorias

A Receita Federal estabeleceu uma parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e a Universidade Federal de Goiás (UFG) para desenvolver um projeto inovador de automação voltado ao controle de mercadorias apreendidas. A iniciativa se propõe a desenvolver um software, que extrai informações e verifica produtos contrafeitos utilizando inteligência artificial, e uma esteira automatizada; ambos integrados em uma solução que visa otimizar a gestão dos produtos.

O projeto teve início com o envolvimento da UFG e de seus alunos no desenvolvimento de soluções para a guarda preliminar de mercadorias.

A Receita Federal já deu início à fase de testes do software de extração de informações. Ele está operando de forma funcional e demonstrando desempenho concreto ao identificar e categorizar automaticamente mercadorias por meio do processamento de imagens. Essa ferramenta extrai dados detalhados, como marca, modelo e código de barras dos produtos. A ferramenta de automação reduz a necessidade de intervenção manual, garantindo maior velocidade, precisão e padronização no controle e registro de mercadorias.

O software também faz a verificação de originalidade dos produtos. Nesse momento, testes com cédulas bancárias estão sendo realizados e a expectativa é que o sistema também possa detectar outros produtos falsificados. Esse recurso é crucial para o combate ao contrabando e ao descaminho, permitindo uma triagem mais eficiente e segura dos itens apreendidos.

A esteira automatizada, atualmente na fase final de testes, é projetada para funcionar dentro de uma mala de viagem. Isso oferece uma solução portátil e prática. Quando um produto é colocado na esteira, ele é pesado e fotografado de forma automatizada e as informações são enviadas à ferramenta computacional. Essa integração entre a esteira e o software cria um fluxo de trabalho contínuo e sistemático, facilitando a catalogação dos produtos e dispensando o uso de mão de obra especializada.

Dessa forma, a Receita Federal demanda soluções para diversas áreas da sua atuação, ao passo que aperfeiçoa e incentiva a formação acadêmica no País.

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