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Combate à sonegação
Receita Federal investiga lavagem de dinheiro relacionada ao tráfico de entorpecentes e organização criminosa
A Receita Federal e o Ministério Público do Rio Grande do Norte deflagraram hoje (14) a Operação Argento, com o objetivo de combater a lavagem de dinheiro de organização criminosa relacionada ao tráfico de entorpecentes.
A Operação Argento dá continuidade à Operação Plata, realizada em fevereiro de 2023. A investigação encontrou indícios de que, apesar da prisão de diversos integrantes, o grupo criminoso manteve as atividades ilícitas do tráfico de entorpecentes e da lavagem de dinheiro, mediante novos elementos só agora identificados. Esses novos atores estão divididos em grupos, com diferentes responsabilidades na movimentação e ocultação dos recursos oriundos de crimes.
O dinheiro obtido com o tráfico de entorpecentes entra no sistema financeiro por meio de pessoas físicas sem capacidade socioeconômica, grande parte dele em depósitos em espécie. A partir daí ocorre intensa movimentação financeira em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas, desvinculada de qualquer atividade econômica, a fim de dificultar seu rastreio e afastar os recursos da atividade delitiva. Por fim, os valores chegam ao grupo responsável pela construção, reforma e comercialização de imóveis de luxo, completando o ciclo de lavagem de ativos.
A Receita Federal apura indícios de sonegação fiscal pela omissão de rendimentos na aquisição de imóveis, veículos e outros bens de luxo sem a respectiva declaração da renda para efeito de tributação.
Estão sendo cumpridos 23 mandados de busca e apreensão e sete prisões preventivas em endereços vinculados aos investigados, com a participação de 59 integrantes do Ministério Público do Rio Grande do Norte e 12 auditores-fiscais da Receita Federal, com apoio da Polícia Militar. As ações ocorrem simultaneamente nos estados do Rio Grande do Norte, Bahia, São Paulo e Pará.