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Operação
Receita Federal e Polícia Federal combatem a fabricação clandestina e contrabando de cigarros
A Receita Federal e a Polícia Federal deflagraram, na manhã de hoje, a Operação Illusio, visando desarticular organização criminosa especializada em fabricar cigarros irregularmente.
A organização criminosa atua na falsificação e contrabando de cigarros de marcas paraguaias, descaminho de maquinário utilizado na fabricação de cigarros, tráfico de pessoas, trabalho escravo, falsificação e uso de documentos falsos, crime contra as relações de consumo, crime contra os registros de marcas e lavagem de dinheiro.
Além dos 59 mandados, está sendo cumprida medida de sequestro de bens e valores, contra 38 pessoas físicas e 28 pessoas jurídicas, num total de R$ 20 milhões.
Os mandados são cumpridos em residências, galpões e empresas nas cidades de Manaus/AM, Capim Grosso/BA, Belo Horizonte/MG, Divinópolis/MG, Itaúna/MG, Nova Lima/MG, Nova Serrana/MG, Pará de Minas/MG, Pitangui/MG, São Gonçalo do Pará/MG, Barueri/SP, Carapicuíba/SP, Indaiatuba/SP, Osasco/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Caetano do Sul/SP, São Paulo/SP, Taiuva/SP e Nova Ipixuna/PA.
A operação
A partir de investigação realizada pela Polícia Federal e acompanhamento do esquema criminoso pela Receita Federal foi possível identificar toda a cadeia de produção dos cigarros clandestinos na região de Divinópolis, além de toda a organização criminosa envolvida no esquema de fabricação de cigarros paraguaios falsos.
Foi revelado que a quadrilha cooptava trabalhadores no Paraguai, os quais eram trazidos para fábricas clandestinas no Brasil, na região de Divinópolis/MG, onde eram submetidos a condições de trabalho análogas à escravidão, com a liberdade tolhida, permanecendo reclusos, sob vigília, e incomunicáveis, por vários meses, no interior dos estabelecimentos. Tinham, ainda, seus telefones confiscados e eram impedidos de ter qualquer acesso ou contato com o mundo exterior. Eles sequer sabiam o local em que se encontravam, pois eram conduzidos até as fábricas com olhos vendados. A distribuição dos cigarros falsos era feita em caminhões com a ocultação destes produtos atrás de cargas de calçados produzidos na região de Nova Serrana/MG.
Participam do cumprimento dos mandados 31 Auditores e Analistas da Receita Federal.
A atuação da Receita Federal na repressão ao contrabando, descaminho e tráfico de entorpecentes visa primordialmente à proteção da sociedade, tanto no aspecto relacionado à manutenção dos empregos gerados pela indústria nacional, quanto à proteção da saúde e da vida das pessoas, além de coibir o enriquecimento pelas organizações criminosas.
Entrevista coletiva:
Informações sobre a operação serão repassadas na entrevista coletiva que ocorrerá:
- Local: Delegacia da Polícia Federal em Divinópolis
- Endereço: R. Guaraci Carlos de Freitas, 710 - Santa Clara, Divinópolis
- Horário: 10h