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Combate ao contrabando
Receita Federal intensifica Operação Escudo na fronteira
A Receita Federal iniciou, na terça-feira (6), a 1ª fase ostensiva da Operação Escudo, que desde o início da pandemia de Covid-19 estava sendo realizada com um número reduzido de servidores.
Nessa fase, mais de 70 servidores do órgão, alguns vindos de outras regiões do país, encontram-se em Foz do Iguaçu para inibir o contrabando e a entrada ilegal de produtos no país.
O fechamento de pontos de fronteira por conta do risco de transmissão da Covid-19 diminuiu o fluxo de viajantes ocasionais, mas não freou as organizações criminosas que buscaram rotas alternativas para abastecer o comércio ilegal de produtos durante o ano de 2020.
Mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia, a Receita Federal continuou o combate ao crime na região, o que resultou em R$ 489 milhões em apreensões de mercadorias na região de Foz do Iguaçu no ano passado, o segundo maior resultado da história da unidade.
No primeiro semestre deste ano, foram contabilizados R$ 307,4 milhões em apreensões na região da Tríplice Fronteira, quantia que indica um novo recorde de apreensões, caso o ritmo se mantenha no restante do ano.
Com um aumento crescente no fluxo de pessoas na região da tríplice fronteira, decorrente do afrouxamento das restrições impostas pela pandemia, a Receita Federal decidiu pela retomada das ações ostensivas no combate ao contrabando e descaminho.
O avanço na vacinação para agentes de segurança que atuam em fronteiras, portos e aeroportos permitiu a mobilização de um contingente maior de servidores da Receita Federal para o início da ação, que terá seu foco principal na Ponte da Amizade, com equipes volantes percorrendo as estradas da região.
Além do efetivo reforçado, a operação irá contar com a presença de cães de faro e a utilização de equipamentos como o sistema de câmeras inteligentes da Aduana da Ponte Internacional da Amizade, scanner e drones para coibir a entrada ilegal de mercadorias no país.
A superintendente da Receita Federal no Paraná e Santa Catarina, auditora-fiscal Cláudia Regina Leão do Nascimento Thomaz, participou da abertura dos trabalhos em Foz do Iguaçu. “A atividade da Receita Federal na fronteira é fundamental para proteger a sociedade, evitando a entrada de produtos perigosos como armas, drogas, cigarros e remédios ilegais. Além disso, protegemos a indústria nacional e garantimos a geração de empregos no país evitando a concorrência desleal. Deixo aqui público o agradecimento a todos os servidores que, mesmo com os riscos da pandemia, vêm trazendo resultados cada vez melhores para a sociedade brasileira aqui em Foz do Iguaçu”, comentou.
Já no início da operação, um ônibus que tinha como destino Londrina (PR) foi abordado trazendo 370 celulares, avaliados em cerca de R$ 363 mil, em um fundo falso na parte traseira do veículo. O condutor e o guia do ônibus foram conduzidos à Polícia Federal e os passageiros, liberados.