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Combate à sonegação
Operação Manigância é destaque na imprensa nacional
A Operação Manigância tem foco no combate a fraudes relacionadas ao comércio de créditos tributários irregulares. Durante o dia 22 de março, a Receita Federal e a Polícia Federal cumpriram 15 mandados de busca, que resultaram na apreensão de documentos, computadores, celulares e automóveis de luxo, entre eles um Porsche e uma Ferrari. Três sócios de empresas de consultoria e uma analista-tributária foram presos.
Entenda o caso
A fraude foi detectada pela Receita Federal em 2016. Empresas de consultoria ofereciam créditos tributários retirados de terceiros e repassavam esses valores para clientes que contratavam os serviços. Para ser operacionalizada, a fraude contava com a participação de uma analista-tributária da Receita Federal e de um falso auditor-fiscal. Durante as investigações, observou-se o total de R$ 64 milhões em créditos aproveitados de maneira irregular.
Trabalho institucional
Durante entrevista coletiva concedida à imprensa, o superintendente adjunto da 8ª RF, auditor-fiscal Marcos Siqueira, ressaltou o trabalho desenvolvido pela Receita Federal nas áreas de auditoria, inteligência e corregedoria. "Há uma atuação muito forte da Receita Federal para evitar esse tipo de situação e também combater desvios éticos dentro da própria Instituição", ressaltou.
Onze auditores-fiscais e sete analistas-tributários participaram da deflagração da Operação Manigância nas cidades de São Paulo, Bragança Paulista e Florianópolis. O caso foi conduzido pelos Escritórios de Pesquisa e Investigação (Espei) e de Corregedoria (Escor) da 8ª Região Fiscal.
O nome da operação faz referência à técnica ilusionista que faz um objeto desaparecer de um local e aparecer em outro.
Segundo a polícia os acusados possivelmente responderão pelos crimes de estelionato, corrupção, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e lavagem de dinheiro.