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OPERAÇÃO C’EST FINI
A Receita Federal, em parceria com o Ministério Público Federal e com a Polícia Federal, participa da Operação C’est fini, deflagrada na manhã desta quinta-feira (23/11) como um desdobramento das Operação Calicute, na qual é investigado ex-governador do Estado do Rio de Janeiro. Esta fase da operação tem por fim esclarecer a existência de pagamento de propina por parte de diversos investigados relacionados ao grupo do ex-governador.
Participam da operação 14 auditores-fiscais e analistas-tributários da Receita Federal, que cumprem mandados de busca e apreensão, entre outros mandados judiciais expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
A Receita Federal vem participando das investigações, em conjunto com o Ministério Público Federal e a Polícia Federal, desde antes de sua deflagração ostensiva, por meio de cruzamentos e análise de dados internos realizados pela área de inteligência.
A partir de análises fiscais, foi possível identificar alguns indícios de possível distribuição fictícia de lucros e dividendos por pelo menos uma empresa ligada a um dos investigados, com o intuito de suportar aumento patrimonial. Também foram constatadas algumas inconsistências em relação ao efetivo funcionamento de empresas de investigados.
Outro ponto a ser destacado é o expressivo aumento patrimonial dos investigados. O patrimônio líquido de um dos investigados, por exemplo, salta de pouco menos de R$ 1 milhão em 2006 para mais de R$ 28 milhões em 2016, o que representa um aumento de mais de 2.800% em dez anos.
Representante da Receita Federal participará de coletiva à imprensa, inicialmente prevista para as 11h desta quinta-feira, na Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, quando mais informações serão repassadas pelos integrantes da força-tarefa.