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Investigação
Operação “Máquinas de Lama”
A Receita Federal, Polícia Federal, Ministério Público Federal e Controladoria-Geral da União deflagraram nesta quinta-feira (11/5) a Operação Máquinas de Lama, com o objetivo de desarticular organização suspeita de lavagem de dinheiro e de fraudes em licitações no estado do Mato Grosso do Sul.
A operação é considerada a 4ª fase da Operação Lama Asfáltica (deflagrada em 9/7/2015). No decorrer das investigações, iniciadas em 2013, foi constatada a existência de um grupo que, com a utilização de empresas em nome próprio e de terceiros, desviavam recursos públicos a partir do superfaturamento de obras contratadas pela administração pública mediante fraudes a licitações e corrupção de servidores públicos.
A análise do material apreendido nas fases anteriores, relatórios da Receita Federal e novas fiscalizações realizadas pela CGU apontaram indícios de prática de crimes de lavagem de dinheiro, inclusive decorrentes de desvio de recursos públicos federais e provenientes de corrupção passiva. Como mecanismos para ocultação dos valores desviados foram detectadas aquisições de bens em nome de terceiros e transações comerciais simuladas.
O grupo investigado atua no ramo de pavimentação de rodovias, construções, alimentação e prestação de serviços nas áreas de informática e gráfica. A evolução patrimonial dos principais envolvidos triplicou nos últimos cinco anos, evolução que pode ser ainda maior tendo em conta a possibilidade de ocultação ou subvaloração de bens, ainda em análise pelos investigadores.
Estão sendo cumpridos, desde as primeiras horas da manhã de hoje, 32 mandados de busca e apreensão, 3 mandados de prisão preventiva e 9 mandados de condução coercitiva nos municípios de Campo Grande, Porto Murtinho, Nioaque, Três Lagoas (MS), Curitiba (PR) e São Paulo (SP). Foram decretados também o bloqueio de bens dos investigados e medida restritiva de direito em relação a um dos investigados. Participam das ações 24 auditores-fiscais e 15 analistas-tributários da Receita Federal, 270 policiais federais e 30 servidores da Controladoria-Geral da União.
O nome da operação faz referência ao tipo de material utilizado pelo grupo criminoso para simular prestações de serviços que justificassem transferências de recursos entre os participantes.
Os presos serão encaminhados à Superintendência da Polícia Federal em Campo Grande (MS), assim como o material decorrente do cumprimento dos mandados de buscas e apreensão.
Um auditor-fiscal da Receita Federal participará de entrevista coletiva às 10h no auditório da Superintendência Regional da Polícia Federal em Campo Grande, sito à rua Fernando Luis Fernandes 322, Vila Sobrinho, quando serão apresentados os resultados parciais da operação.
Informações – (67) 3318-7205/ 7506