20 bilhões de cigarros foram destruídos em Foz nos últimos dez anos

A Delegacia da Receita Federal do Brasil em Foz realizou, nos últimos dez anos, a destruição de mais de um bilhão de maços de cigarros irregularmente introduzidos no território nacional, o que corresponde a 20 bilhões de unidades do produto.

Até 2001, os cigarros eram incinerados em aterros sanitários da região, situação inadequada sob o ponto de vista ambiental. Além disso, havia sempre uma grande defasagem entre a apreensão e a destruição, o que consumia espaços cada vez maiores nos depósitos da RFB, aumentando o custo de armazenagem.

Para mudar esse quadro, no ano de 2001 foi firmado convênio entre a RFB e a ABCF – Associação Brasileira de Combate à Falsificação, o que resultou na instalação, na sede da Receita Federal em Foz do Iguaçu, de um conjunto de equipamentos que podem triturar até 650 mil maços por dia.

A nova estrutura trouxe maior agilidade, eficiência e segurança à destruição do produto. Num espaço de tempo relativamente curto, foi possível acabar com os estoques. Além disso, o cigarro aprendido passou a ser enviado diretamente para destruição, liberando os depósitos para a guarda de outras mercadorias.

Os resíduos resultantes da trituração são prensados em fardos que são destinados a cerâmicas situadas na região de Foz do Iguaçu, onde são utilizados no processo de produção como combustível para a queima de tijolos.

Conforme previsto no convênio, a cada tonelada de resíduos destinada são repassados R$ 15,00 para um hospital que atende pessoas carentes em Foz do Iguaçu. O volume de resíduos gerado desde então passa de 20 mil toneladas, o que significa R$ 300 mil reais doados.

O volume equivale a um bilhão de maços e corresponde à cifra de R$ 3,5 bilhões a preço de mercado, o que resultaria na evasão de impostos da ordem de R$ 2,5 bilhões caso esses produtos fossem revendidos no mercado interno.

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