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Operação de Fiscalização
Receita Federal desmonta esquema de lavagem de dinheiro em Natal
Um sofisticado esquema internacional de lavagem de dinheiro, com origem na Noruega, e destino final principalmente o Rio Grande do Norte, através de investimentos no mercado imobiliário, foi desmontado pela Receita Federal, em conjunto com o Ministério Público, a Polícia Federal e a Justiça Federal. A chamada "Operação Paraíso" envolveu ainda ações na Paraíba, onde a quadrilha também atuava.
A descoberta do golpe aconteceu quando os agentes federais começaram a investigar o ingresso de um grande volume de capital estrangeiro no Rio Grande do Norte, principalmente em investimentos imobiliários. Quando já estava sendo investigada a legalidade destes recursos, em função de uma série de denúncias sobre a prática de lavagem de dinheiro, foi publicada na imprensa local a tradução de um reportagem de jornal norueguês, em que um dos envolvidos dizia que Natal era um paraíso, não tinha polícia, não tinha Receita, não tinha nada. Dai a origem do nome.
Entre os principais envolvidos no esquema estão três grupos de origem norueguesa, que operavam com empreendimentos imobiliários, entre eles condomínios, hotéis e Resorts. A maioria das empresas constituídas para os empreendimentos pertenciam e eram gerenciadas por noruegueses. Um advogado brasileiro, cúmplice da quadrilha, fazia as simulações para dar os ares de legalidades aos projetos relacionados.
O relatório inicial que apontou a incompatibilidade entre o patrimônio declarado e a movimentação financeira das pessoas envolvidas, que resultou no desvendamento do esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, foi elaborado por Henrique Jorge de Freitas, chefe da Fiscalização da DRF/Natal.
A "Operação Paraíso" contou ainda com a participação da polícia norueguesa, que, simultaneamente, realizou prisões de envolvidos que se encontravam naquele país. Segundo informaram os policiais noruegueses, em reunião que antecedeu a operação, o grupo identificado é responsável pela pratica vários tipos de crimes na Noruega, incluindo tráfico de drogas, roubos, extorsões e homicídios. Suspeita-se que a maior parte do dinheiro obtido com os crimes tenha sido lavado com a aquisição de bens e investimentos no mercado imobiliário do Rio Grande do Norte. As investigações contaram também com a intermediação da Interpol.
Mais informações com a Delegacia da Receita Federal do Brasil em Natal, pelos telefones ( 84) 3221 2248/3220 2200
Coordenação de Imprensa da RFB