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Operação de Fiscalização
Operação Al Capone desmonta quadrilha de comércio ilegal de bebidas
A Receita Federal do Brasil e a Polícia Federal realizam hoje (19/12) a operação “Al Capone” nos estados de São Paulo, Ceará e Pará. As investigações, iniciadas pela Receita, desvendaram esquema de comércio ilegal de bebidas, produtos eletrônicos e de material de informática.
A bebida ilegal, principalmente uísque da marca Johnnie Walker, chegava ao Brasil por duas rotas. Uma parte vinha do Suriname, entrava no Brasil pela foz do rio Amazonas até Abaetetuba, a cerca de 80km de Belém. De lá, era distribuída para o mercado interno, principalmente a região Nordeste, camuflada em caminhões carregados de produtos como madeira.
Outra rota de entrada identificada nas investigações tinha origem no Paraguai, via Foz do Iguaçu, de onde era distribuída para o mercado da região sudeste, principalmente São Paulo. Para dar aparência de legalidade à comercialização interna das bebidas, os distribuidores utilizavam-se de selos fiscais, rótulos e contra-rótulos falsos, obtidos de indústrias gráficas de São Paulo.
Serão cumpridos 37 mandados de busca e apreensão e 21 mandados de prisão, expedidos pela 11a Vara da Justiça Federal do Ceará. Os mandados de buscas acontecem nas residências dos principais envolvidos nos esquemas, nas gráficas em São Paulo onde ocorre a falsificação dos selos, bem como nos depósitos, armazéns e estabelecimentos comerciais que estariam comercializando as bebidas descaminhadas.
Cerca de 60 auditores fiscais e 180 policiais federais participam da ação. A operação Al Capone foi batizada em alusão ao gângster que comandou o contrabando em Chicago durante a vigência da Lei Seca, que proibia o comércio de bebidas alcoólicas.
Eletrônicos e Informática
Durante as investigações foi detectado também um esquema de descaminho de produtos eletrônicos e de material de informática, procedentes de Miami, EUA, com destino a Fortaleza, Manaus e Belém. A Receita e a Polícia já haviam realizado operação conjunta no aeroporto de Fortaleza em janeiro, quando foram apreendidos cerca de 450kg em mercadorias como notebooks e microprocessadores, avaliadas em mais de R$ 300 mil.
Haverá hoje (19/12), na sede da Polícia Federal em Fortaleza/CE, às 16:00h, horário local, entrevista coletiva com representantes dos órgãos responsáveis pela operação.