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Mutirão de Destruição
Receita destrói 1.100 t de mercadorias contrabandeadas
A Receita Federal deu início nesta quarta-feira, em Mauá (SP), à destruição de 1.110 toneladas de mercadorias, apreendidas no ano passado quando entravam no Brasil de forma irregular. Essa quantidade de produtos contrabandeados e pirateados é suficiente para lotar 55 carretas.
A destruição, que é considerada a maior da história, deve ser concluída neste final de semana. Entre os bens estão 330 toneladas de cigarros, 210 t de máquinas caça-níqueis, além de 115 t de bolsas, óculos, roupas e calçados piratas. A estimativa é que o valor dessas mercadorias totalize mais de R$ 20 milhões. Com essas apreensões, a Receita evitou prejuízos de R$ 5 milhões somente aos cofres federais.
De acordo com dados divulgados hoje pelo secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, que participou do ato que deu início à destruição das mercadorias, cerca de 60% dessas apreensões foram feitas no Estado de São Paulo e os 40% restantes nos demais Estados, com destaque para o Porto de Santos e Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu, na fronteira com o Paraguai.
De acordo com o secretário Jorge Rachid, as ações de combate ao contrabando e à pirataria têm sido ampliadas nos últimos anos, resultando em volume recorde de apreensões de mercadorias irregulares. Em 2004, foram apreendidos R$ 462 milhões, contra R$ 600 milhões em 2005. De janeiro a maio deste ano o volume apreendido já soma R$ 200 milhões.
Rachid disse que a pirataria gera desemprego e ilegalidade, causando prejuízos à economia e à saúde da população. Questionado por que a Receita, ao invés de destruir, não faz a doação de mercadorias a entidades beneficentes, como calçados, roupas, bolsas e brinquedos, o secretário explicou que isso só seria possível com autorização das marcas e também se ficar comprovado por meio de laudos que seu uso não cause dano à saúde das pessoas.
O secretário destacou o apoio que a Receita Federal tem recebido da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e das polícias Militar e Civil nos Estados para realizar suas operações. "Temos nos esforçado bastante para evitar que tais crimes prosperem em nosso país, tarefa cumprida com a colaboração de vários órgãos federais e estaduais", observou.