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Receita Federal lança o Programa de Operador Econômico Autorizado (OEA)
Secretário Barreto no lançamento do Programa Brasileiro de OEA
No último dia da 72ª Sessão da Comissão de Política da Organização Mundial das Aduanas (OMA), o secretário Carlos Alberto Barreto divulgou oficialmente o Programa OEA, na presença das 30 delegações estrangeiras e demais autoridades participantes do encontro.
De acordo com a OMA, um dos grandes desafios para as administrações aduaneiras é assumir uma função ativa dentro da segurança da cadeia logística e no controle sobre o fluxo do comércio internacional. Mas isso deve acontecer sem descuidar da facilitação do comércio e assegurando uma atenção ao fluxo ágil, de maneira que, ao não inspecionar toda a carga, as Aduanas devem empregar ferramentas que lhe permitam decidir onde alocar seus recursos. O Programa OEA surge como um importante mecanismo para o controle e a gestão dos fluxos de comércio exterior.
O principal objetivo do OEA é colocar o Brasil em condição de país exportador seguro, para que possa sustentar e melhorar sua posição no comércio internacional.
Além disso, a negociação de Acordos de Reconhecimento Mútuo (ARM) do Programa Brasileiro de OEA com Aduanas de outros países favorecerá a integração econômica a partir das exportações brasileiras em mercados considerados estratégicos.
Assista aqui a entrevista do subsecretário da Suari falando sobre o OEA
O papel da Receita Federal
No discurso de lançamento do OEA, o secretário Carlos Alberto Barreto reafirmou o comprometimento da Receita Federal para que o Programa se torne uma realidade na economia brasileira, em um processo de estreita cooperação e colaboração com o setor privado:
“Somos conscientes de sermos agentes e os operadores de uma das mais importantes e dinâmicas engrenagens da economia mundial: a circulação de bens e mercadorias, que deve ser feita sob o domínio da legalidade e da segurança, mas com transparência, simplicidade, previsibilidade e agilidade.
A internacionalização dos controles aduaneiros e a cooperação entre governos e suas instituições se tornaram condições necessárias para o combate efetivo a práticas desleais de comércio, contrabando, narcotráfico, pirataria, tráfico de armas, lavagem de dinheiro e a proteção às sociedades de forma geral.”
O que são os Operadores Econômicos Autorizados (OEA)?
São operadores do comércio exterior certificados pelas Aduanas por apresentarem baixo risco nas operações que realizam em termos de segurança física da carga e cumprimento das obrigações fiscais e aduaneiras. Os padrões de segurança física da carga são recomendados pela Organização Mundial das Aduanas (OMA) ou estabelecidos por entidades internacionais que tratam de segurança da cadeia da logística.
Portanto, o Operador Econômico Autorizado é um parceiro das Aduanas, que depois da validação do cumprimento de requisitos e critérios estabelecidos, foi qualificado como um operador confiável tanto por adotar procedimentos que garantam a segurança física das suas cargas quanto pelo seu cumprimento das normas e obrigações fiscais e aduaneiras.
Fases de implementação do Programa Brasileiro de OEA
Em 2015, os operadores serão certificados no módulo OEA-Segurança (OEA-S). Em 2016, haverá a possibilidade de solicitação no módulo OEA-Conformidade (OEA-C) e, consequentemente, no OEA-Pleno (OEA-P).
Os módulos são interdependentes, ou seja, caso uma empresa seja apenas exportadora, ela poderá solicitar apenas a certificação no módulo OEA-S, não havendo necessidade de solicitar as demais modalidades. Da mesma forma, caso a empresa seja tanto importadora quanto exportadora, ela poderá, a partir de 2016, solicitar a certificação no OEA Pleno.
Como se tornar um OEA
Para obter a certificação, é necessário cumprir às seguintes condições:
Requisitos de Admissibilidade: tornam o operador apto a participar do processo de certificação no Programa.
Critérios de Elegibilidade: indicam a confiabilidade do operador.
Critérios de Segurança : cumprimentos de procedimentos de segurança aplicados à cadeia logística.