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Assentamentos promovem o turismo rural em Goiás
Natureza é uma das atrações turísticas em assentamentos da reforma agrária. - Foto: Incra
Aos pés da Serra dos Caiapós, a cerca de 400 km de Goiânia, o município de Mineiros é cercado por belezas naturais com trilhas, cavernas, cachoeiras, piscinas naturais, animais silvestres e vegetação preservada. Os moradores de assentamentos rurais da região aproveitam o potencial turístico do local para garantir emprego e renda.
É o caso de Alexandre da Silva Cruz que vive com os pais no assentamento Serra das Araras. No Sítio Recanto dos Vales, ele abriu um camping com energia elétrica e acesso a internet para receber os turistas. “O turista que vem visitar a nossa região conta com diversos atrativos. Temos outros sítios vizinhos que trabalham com produção de alambiques, licores, rapadura, melado, garapa, baru, castanha do baru. Temos bastantes coisas aqui que o turista chega e pode encontrar na região, além das trilhas e das belezas cênicas que nós temos”, ressaltou Alexandre.
Em Goiás existem 307 assentamentos e mais de 13 mil famílias assentadas, de acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Nos assentamentos Serra das Araras e Formiguinha, em Goiás, os moradores atuam para receber o turista. Os locais estão a 50 quilômetros de Mineiros, na região conhecida como do Pinga Fogo. A região é berço de inúmeras nascentes de água, inclusive subterrâneas, como o Aquífero Guarani.
“Quando o Incra cria um assentamento, ele elabora junto um plano de desenvolvimento desses assentamentos. Entre outras coisas, o plano indica as atividades econômicas que são compatíveis naquela área”, destacou o superintendente regional do Incra em Goiás, Alexandre Rasmussen Alves. “A exploração do turismo rural é uma possibilidade, realmente nova na reforma agrária, mas observamos que é uma boa opção para aumentar a renda dos assentados”, avaliou.
O superintendente orientou às pessoas que vivem nessas áreas buscar informações com instituições sobre assistência técnica, como Emater e Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), tanto para exploração do turismo quanto outras atividades.
“Pelos exemplos que temos visto em Goiás, podemos dizer que o turismo movimenta toda uma cadeia de produção. No caso de Mineiros, por exemplo, além de envolver as famílias que recebem os turistas para visitar suas parcelas [lotes], outras pessoas têm oportunidades de vender produtos que são produzidos dentro de duas parcelas, tais como doces, queijos, licores, ovos, galinha, baru, quintanas, na verdade a riqueza é quase infinita”, disse o superintende regional do Incra.