Notícias
Ferrovia Norte-Sul
Novo terminal rodoferroviário em Goiás vai apoiar o transporte de grãos
Programada para ser a espinha dorsal do sistema ferroviário brasileiro, a Ferrovia Norte-Sul (FNS) vai facilitar o escoamento da produção brasileira e baratear custos do transporte de carga, beneficiando produtores e consumidores. Em mais um passo, um novo terminal rodoferroviário que faz parte do projeto da ferrovia Norte-Sul (FNS) foi inaugurado na altura de Rio Verde (GO).
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas participou, nesta terça-feira (27), da inauguração do terminal construído pela Rumo que venceu o leilão de concessão de um trecho da ferrovia, em 2019. O trecho concedido tem 1.537 quilômetros e está situado entre Porto Nacional (GO) e Estrela D’Oeste (SP).
“Isso aqui é emprego, é renda, tem várias pessoas já trabalhando, é gente que vai levar seu sustento para dentro de casa. É competitividade, é o produtor que vai ter mais ofertas de transportes, operar de forma mais barata, vai ter frete mais competitivo e essa diferença de valor vai se transformar em investimento na produção. E aí é o Brasil que vai crescer”, disse o ministro Tarcísio Gomes.
Quando concluídas as obras, a ferrovia vai interligar terminais portuários das regiões Norte e Sudeste, passando pelo Centro-Oeste do país. O projeto da Ferrovia Norte-Sul tem 4.155 quilômetros de extensão.
Armazenamento e transporte de grãos
O terminal inaugurado em Rio Verde foi construído em uma área de 250 hectares e conta com um moderno sistema para recebimento e carregamento de alta capacidade e velocidade.
De acordo com o Ministério da Infraestrutura, para o carregamento ferroviário, o terminal conta com uma tulha com capacidade para 3 mil toneladas/hora, o que permite carregar um trem de 120 vagões em menos de 8 horas. Já no recebimento rodoviário, são oito tombadores, sendo seis para grãos e dois para farelo. O espaço também conta com acessos rodoviário e estruturas de armazéns, silos e moegas.
A capacidade será de 11 milhões de grãos por ano e vai atender o estado de Goiás e o leste do Mato Grosso. Em uma primeira fase, serão movimentados soja, milho e farelo de soja.
Ampliação das ferrovias
O Governo Federal quer aumentar o transporte por meio ferroviário no país. A ideia é chegar em 2035 com uma a participação de quase 40% do modal transporte ferroviário no transporte, de acordo com o Ministério da Infraestrutura.
De janeiro a junho deste ano foram entregues 170 quilômetros de novas ferrovias. E houve crescimento de 13,7% no transporte de cargas em ferrovias.
A produção transportada também vem registrando aumento. De acordo com Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em março foi registrado um salto de 30,1% na produção de transporte ferroviário na comparação com o mesmo período do ano passado. O maior crescimento ocorreu no total de toneladas transportadas de granéis agrícolas (+53%), combustíveis (+ 42%) e granéis minerais (+ 24,6%).
De 2019 até o fim de 2021, o governo deve assegurar R$ 46,59 bilhões em investimentos privados no setor ferroviário.
A expansão da malha nacional avança na implantação da cruz ferroviária para ligar os quatro cantos do Brasil através dos trilhos. A Ferrovia Norte-Sul, que corta praticamente o Brasil ao meio, faz parte dessa cruz. A ligação leste-oeste também começa a ganhar forma. Em abril, ministério realizou o leilão do primeiro trecho da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol), entre Ilhéus e Caetité, na Bahia. A ferrovia será importante para escoar a produção de minério de ferro da região e, no futuro, ajudará a potencializar o agronegócio baiano.
Investimento em infraestrutura
Além das ferrovias, o governo tem investido na melhoria da infraestrutura no país nos diversos setores. No primeiro semestre do ano, 51 obras de infraestrutura de transportes foram entregues. São obras que melhoram a logística e trazem mais eficiência e segurança para os transportes rodoviário, ferroviário, aéreo e aquaviário.
O investimento federal no período foi de mais de R$ 3 bilhões em novos empreendimentos e na retomada de obras paradas.