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Assinado contrato de arrendamento de terminal portuário de Paranaguá (PR)
A assinatura do contrato ocorreu com a participação do ministro Tarcísio de Freitas, representantes da empresa e governadores - Foto: MInfra
Entre os portos mais movimentados do país, o Porto de Paranaguá (PR) teve assinado, nessa terça-feira (18), o contrato de arrendamento do terminal portuário PAR12. O local atenderá a movimentação e armazenagem de veículos.
Resultado de leilão promovido em dezembro de 2020, o terminal foi arrematado por R$ 25 milhões em outorga pela Ascensus Gestão e Participação. A assinatura do contrato ocorreu em cerimônia, no Ministério da Infraestrutura (MInfra), com a participação do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, representantes da empresa e governadores.
São esperados R$ 22,2 milhões em recursos privados, de acordo com o ministério. O recurso será investido na movimentação e armazenagem de autoveículos, como veículos comerciais leves, caminhões, tratores e ônibus, no terminal, e também poderá contribuir com ações de controle de qualidade, abastecimento, troca de peças, reparos, pesagem, limpeza, entre outras.
O PAR12 possui mais de 74 mil metros quadrados de área e capacidade para 4 mil veículos, com uma armazenagem anual de 120 mil veículos, para atender as montadoras instaladas no país.
“O Porto de Paranaguá, que tem se destacado, estado na vanguarda, segunda maior movimentação do Brasil, ajudou e enfrentou a questão da crise sanitária com muita velocidade, com muita diligência e conseguiu manter suas operações. Foi o primeiro porto a conquistar do Governo Federal a autonomia para gestão. E, mais uma vez, apresenta uma ousadia que vai ser o primeiro porto a ter uma concessão de manutenção de canal”, afirmou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
De acordo com o ministério, até o fim de 2022, outros cinco projetos de arrendamentos devem assegurar mais de R$ 1 bilhão em melhorias e capacitação no porto paranaense.
Ferrovia
Na reunião, também foram apresentados os estudos de viabilidade técnico-econômica para a desestatização da Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A, a Nova Ferroeste. O empreendimento está na carteira Programa de Parceria de Investimentos (PPI).
A expectativa é que o projeto resulte em R$ 8 bilhões em investimentos. A ferrovia, com 1.370 quilômetros de extensão, ligará as cidades de Guarapuava e Cascavel, ambas no Paraná, com a possibilidade de extensão até Dourados (MS).
“É uma importante ferrovia que tende a crescer na direção do Mato Grosso do Sul e se ligar cada vez mais umbilicalmente com o Porto de Paranaguá. No futuro, tenho certeza, vamos estar capturando carga no Paraguai para a Ferroeste”, projetou o ministro Tarcísio Gomes de Freitas.
O estudo foi apresentado pelo coordenador do plano estadual ferroviário do Paraná, Luiz Henrique Fagundes. Os números apontam que a Nova Ferroeste pode ser o segundo maior corredor de contêineres e grãos do país, perdendo apenas para a Malha Paulista.
Indica uma redução média do custo logístico de 28%. Ainda segundo os dados, a Ferroeste influencia diretamente 427 cidades, incluindo Brasil, Paraguai e Argentina. E tem potencial para atingir nove milhões de brasileiros.
De acordo com o previsto pelo PPI, com o projeto da Nova Ferroeste deve ser construída uma nova ferrovia entre Maracaju (MS) e Cascavel (PR); revitalizado o atual trecho ferroviário que vai de Cascavel (PR) a Guarapuava (PR); construída uma nova ferrovia entre Guarapuava e Paranaguá; além de um ramal entre Cascavel e Foz do Iguaçu (PR).