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Ponte Brasil-Paraguai ampliará a ligação entre os países
A Ponte da Integração Brasil-Paraguai, no Rio Paraná, está com cerca de 40% das obras concluídas - Foto: Alan Santos/PR
A Ponte da Integração Brasil-Paraguai, no Rio Paraná, está com cerca de 40% das obras concluídas. Quando estiver pronta, ligará os dois países ampliando as relações comerciais e desafogando o trânsito na Ponte Internacional da Amizade.
A previsão é que a segunda ponte entre o Brasil e o Paraguai fique pronta em 2022 e seja usada especificamente por veículos de carga que passam pela Ponte da Amizade, hoje o principal corredor logístico entre os dois países. A obra também trará mais conforto e segurança para os turistas.
Na manhã desta terça-feira (1°), o Presidente Jair Bolsonaro, o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, e autoridades dos dois países visitaram as obras da ponte, em Foz do Iguaçu (PR).
“Temos que operar pelo nosso povo, pelo nosso país e, assim sendo, nossa presença aqui bem demonstra o compromisso de todos nós com a nossa Pátria. Porque fazendo pelo Paraná, faz pelo Brasil, fazendo pelo Paraguai, também faz para Brasil. Que nós queremos vizinhos fortes, vizinhos que possam cada vez mais somar conosco sempre com um grande ideal pela frente, democracia e liberdade”, afirma Bolsonaro.
“Ela vai vir para, primeiro, desafogar o trânsito entre Brasil e Paraguai. Tem um trânsito pesado hoje que coloca em risco a segurança e essa ponte vem resolver essa questão”, explica o diretor-geral brasileiro da usina de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna
A obra
A via de ligação entre o Brasil e o Paraguai é uma obra do Governo Federal com gestão do governo do estado do Paraná e recursos de Itaipu Binacional. O investimento é de aproximadamente R$ 463 milhões, considerando a estrutura, as desapropriações e a criação da perimetral no lado brasileiro, que ligará a ponte à BR-277. "É um ganha, ganha, importantíssimo para esta região de fronteira, para o Paraná e para o Brasil", ressalta o diretor-geral brasileiro da usina de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna.
“Ela vai vir para, primeiro, desafogar o trânsito entre Brasil e Paraguai. Tem um trânsito pesado hoje que coloca em risco a segurança e essa ponte vem resolver essa questão”, explica o general. “Ela é capital, é necessária, estava atrasada. Se integra a uma série de conjuntos, é importante para o Brasil, para o Paraguai, para a Argentina, para o comércio, para o turismo.”
Para os caminhoneiros que chegam a enfrentar mais de quatro horas para atravessar a ponte, a nova alternativa será bem-vinda. É o que contou Cícero Alves enquanto esperava com o caminhão na fila. “Teve dia que já fiquei quatro horas para atravessar a ponte. Tanto do lado do Brasil como do Paraguai, os dois lados são terríveis. Causa um custo parado aqui tanto para gente quanto para transportadora. Com a ponte nova, tirando os caminhões do meio dos carros, vai melhorar bastante para nós, é outro nível”, comemora o caminhoneiro. E brincou: “Isso aqui dá estresse, o cabelo já tá até branco”.
Por enquanto, são as estruturas que darão sustentação à nova ponte que estão quase finalizadas. Ela é construída no rio Paraná, entre Foz do Iguaçu, cidade brasileira localizada no Paraná, e Presidente Franco, cidade paraguaia vizinha a Ciudad del Este, onde fica a Ponte da Amizade.
Quando for entregue à população, a Ponte da Integração Brasil-Paraguai terá 760 metros de comprimento com vão-livre de 470 metros. A estrutura vai contar com pista de 3,7 metros de largura em cada faixa, acostamento de 3 metros e calçada de 1,70 metros.