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Amazônia Conectada
Projeto instala mais de mil quilômetros de rede de cabos de internet em rios no Amazonas
Projeto Amazônia Conectada já soma 1,2 mil quilômetros de redes ópticas subfluviais instaladas para levar internet à região - Foto: Exército Brasileiro
Enfrentando os desafios da região de floresta, o Projeto Amazônia Conectada já soma 1,2 mil quilômetros de redes ópticas subfluviais instaladas nos leitos dos rios para levar internet à região. A meta é chegar e 3 mil quilômetros de redes, expandindo a infraestrutura de comunicações na região amazônica.
O projeto é coordenado pelo Ministério da Defesa, em parceria com os ministérios das Comunicações e da Ciência, Tecnologia e Inovação. O Exército Brasileiro atua diretamente na engenharia de implantação da infraestrutura para transmissão de dados em alta velocidade. Lançado em 2015, o projeto já recebeu investimento de R$ 70 milhões. A previsão é ter cabos de fibra óptica ligando Manaus a diversos municípios amazonenses.
O chefe do departamento de ciência e tecnologia do Exército, general Décio Luis Schons, explicou que o Amazônia Conectada surgiu da necessidade de fazer conexões estratégicas de alta velocidade entre as unidades do Exército na Amazônia Ocidental e usar a infraestrutura para atender a população e o poder público.
“A capacidade desse cabo de fibra óptica é muito superior à necessidade das Forças Armadas. Então, grande parte dessa capacidade pode ser colocada à disposição de órgãos do poder público nos três níveis, federal, estadual e municipal, para que eles cumpram sua missão de proporcionar o apoio às comunidades”, explica o chefe do departamento de ciência e tecnologia do Exército, general Décio Luis Schons
“A capacidade desse cabo de fibra óptica é muito superior à necessidade das Forças Armadas. Então, grande parte dessa capacidade pode ser colocada à disposição de órgãos do poder público nos três níveis, federal, estadual e municipal, para que eles cumpram sua missão de proporcionar o apoio às comunidades”, explica o general. “Visualizamos a possibilidade de serviços de telemedicina, de ensino à distância, de acesso à justiça, num exemplo perfeito de como uma iniciativa no campo da defesa pode transbordar em benefício da população civil.”
A fibra óptica subaquática trará mais uma vantagem para as Forças Armadas. Ela auxilia na detecção de movimentos considerados anormais nas águas, permitindo a identificação de barcos suspeitos nos rios.
Fases e extensão do projeto
A primeira fase do projeto teve início em 2015 com a instalação de cabos ligando as cidades de Manaus a Tefé, no leito do rio Solimões, e de Manaus a Novo Airão, no leito do Rio Negro, todas no estado do Amazonas.
Na fase seguinte, a instalação de mais 330 quilômetros de cabos conectando Novo Airão a Barcelos foi possível graças ao emprego de R$ 29,5 milhões recuperados pela Operação Lava Jato. A próxima meta é conectar Manaus ao município amazonense de São Gabriel da Cachoeira, de acordo com o Ministério da Defesa.
“Hoje, temos perfeitamente funcional a ligação de Manaus até a cidade de Barcelos. A ligação Manaus, Manacapuru, Coari, Tefé, está em manutenção e deverá ficar operacional até o fim deste ano”, ressalta o chefe do departamento de ciência e tecnologia do Exército, general Décio Luis Schons.
O general relatou que são grandes os desafios para a implantação do projeto. “Particularmente, tendo em vista a grande extensão dos cabos lançados. Um total de cerca de 1,2 mil quilômetros até hoje. E a natureza cambiante do curso dos rios, particularmente do Rio Solimões, que muda de uma estação para outra”, avalia.
Criação
O projeto foi instituído pela Portaria Interministerial nº 586, de 22 de julho de 2015, no âmbito do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) na região amazônica.
A portaria detalha que entre as finalidades da iniciativa estão a de apoiar políticas de inclusão digital da região amazônica; expandir e melhorar as comunicações militares administrativas e operacionais, contribuindo com os objetivos da defesa nacional; contribuir para a interiorização de políticas públicas das esferas de governos federal e estadual; e assegurar eficiência e segurança de conectividade, incentivando e melhorando as atividades de pesquisa e educação.