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Transposição
Integração do São Francisco chegará ao Cinturão das Águas do Ceará
Projeto de Integração do São Francisco soma 477 quilômetros de extensão e é o maior empreendimento hídrico do Páis. - Foto: Adalberto Marques/MDR
Em mais uma etapa para garantir a segurança hídrica no Nordeste, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, acionou, nesta quinta-feira (20), a comporta que libera as águas do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco, no Reservatório Jati, para o Cinturão das Águas do Ceará. O ato ocorreu no município de Jati (CE).
A água vai beneficiar 4,5 milhões de pessoas na região metropolitana de Fortaleza. O trecho prioritário de 53 quilômetros do Cinturão das Águas do Ceará levará as águas do Eixo Norte do Projeto São Francisco para a Bacia do Rio Jaguaribe. De lá, a água percorre 256 quilômetros até o Açude Castanhão, que abastece Fortaleza e cidades próximas.
As obras, com 64,61% de avanço físico, são executadas pelo governo estadual com recursos da União. Desde o ano passado, o Governo Federal já aportou R$ 171 milhões no empreendimento.
“É importante colocar que, nesse um ano e seis meses da administração de Bolsonaro [Presidente Jair Bolsonaro], proporcionalmente, foi o momento que houve maior investimento de recurso nas obras de transposição do São Francisco e em todas as obras acessórias, quase R$ 3 bilhões até agora. Estamos em um ano e meio conseguindo, praticamente, avançar de uma forma que não foi feita anteriormente”, disse o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
A chegada das águas do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco ao sertão cearense ocorreu em 26 de junho, quando o Presidente Jair Bolsonaro abriu as comportas no Reservatório de Milagres. A partir daí as águas que já abasteciam o reservatório passaram pelo Túnel Milagres e começaram a encher o Reservatório Jati, primeiro em território cearense. Desse ponto, a água seguirá para as próximas estruturas do empreendimento e vai chegar também até a Paraíba e o Rio Grande do Norte.
“O Ceará para nós é emblemático porque essa obra começa em 2005 agora, em 2020, 15 anos depois, conseguimos chegar no mês de junho, com a presença do presidente [Jair Bolsonaro] aqui em Jati”, afirmou.
Segundo Rogério Marinho, a intenção é que, em meados de julho do próximo ano, a água chegue a Paraíba e ao Rio Grande do Norte, concluindo o processo principal de integração. Ele lembrou que, além dos eixos principais, o Projeto de Integração do Rio São Francisco prevê uma série de obras acessórias e citou como exemplos O Canal do Sertão Alagoano e a Adutora do Agreste, localizada no sertão pernambucano.
“São uma série de obras que vão dar o que convencionamos chamar de segurança hídrica. Estamos envidando esforços para, até o final deste mês de setembro, anunciarmos o início das tratativas para fazermos a licitação do canal Apodi e Salgado que seria o quarto eixo da transposição do São Francisco que sequer foi iniciado, mas que o Presidente [Jair Bolsonaro] nos determinou que envidássemos todos os esforços para também tratarmos esse trecho importante que vai beneficiar Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará”, disse o ministro.
Maior empreendimento hídrico
O Projeto de Integração do Rio São Francisco soma 477 quilômetros de extensão e é o maior empreendimento hídrico do País. É divido em dois eixos, o Norte e o Leste. Quando todas a estruturas e sistemas complementares nos estados estiverem em operação, cerca de 12 milhões de pessoas em 390 municípios de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte serão beneficiadas.