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Setor de serviços tem alta de 1,8% em setembro
Foram destaques os serviços de informação e comunicação, com avanço de 2% neste mês. - Foto: Banco de imagens
O volume de serviços no Brasil avançou 1,8% em setembro de 2020, quando comparado a agosto na série com ajuste sazonal. Essa foi a quarta taxa positiva seguida. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (12), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços.
Quatro das cinco atividades pesquisadas tiveram crescimento na passagem de agosto para setembro. Foram destaques os serviços de informação e comunicação, com avanço de 2% neste mês, liderados pelas atividades de desenvolvimento e licenciamento de softwares, portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca na internet e atividades de TV aberta. Esses serviços acumularam um ganho de 7% no período junho-setembro, após terem recuado 8,9% entre janeiro e maio de 2020.
Outros avanços
Os demais avanços vieram dos serviços prestados às famílias (9%), de outros serviços (4,8%) e dos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,1%).
Os serviços prestados às famílias registraram a segunda taxa positiva seguida e já acumula ganho de 71% entre maio e setembro. Apesar disso, ainda não retomaram o patamar de fevereiro, mês que antecedeu a Covid-19.
Os transportes tiveram o quinto resultado positivo seguido e acumularam ganho de 20,3% entre maio e setembro. Ainda é preciso avançar 11,1% para atingir o nível de fevereiro.
“Os destaques dentro dos serviços prestados às famílias vieram de hotéis e restaurantes. O setor de transportes, crescendo 1,1% no mês de setembro, foi liderado pela parte de transporte rodoviário de cargas e também transporte de passageiro, seja ele aéreo ou o rodoviário coletivo”, explica o gerente da Pesquisa Mensal de Serviços, Rodrigo Lobo.
Segmentos de serviços financeiros auxiliares
Os outros serviços avançaram 18,6% nos últimos quatro meses, especialmente em função dos ganhos de receita vindos dos segmentos de serviços financeiros auxiliares. O setor ultrapassou o nível de fevereiro, anterior à crise, e atingiu, em setembro, o patamar mais elevado desde outubro de 2014.
“Esse movimento de crescimento do setor de outros serviços é explicado pela queda consistente da taxa de juros, fazendo com que agentes econômicos fugissem de investimentos como a poupança, que perderam a rentabilidade, migrando para rendimentos de renda fixa e variável e, com isso, empresas que atuam como intermediárias têm aumentado receita de forma consistente desde o segundo semestre de 2018”, aponta Rodrigo Lobo.
Em setembro de 2020, apenas serviços profissionais, administrativos e complementares tiveram resultado negativo com retração de 0,6%. Esse resultado fez com que eliminassem parte do ganho de 5,8% no período de junho a agosto.
Panorama do setor de serviços no país
A Pesquisa Mensal de Serviços mostra que houve expansão no volume de serviços em setembro, frente a agosto, em 25 das 27 unidades da federação. O impacto positivo mais importante veio de São Paulo (1,6%). As contribuições positivas também vieram do Rio Grande do Sul (4,0%), Santa Catarina (4,9%) e do Paraná (2,6%).
Criação de vagas no setor de serviços tem alta
Os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), de setembro, também mostram o bom desempenho do setor de serviços, que praticamente dobrou a criação de vagas na comparação de setembro com agosto, saltando de 42.545 para 80.481 novas vagas.
O destaque ficou com a área de alojamento e alimentação, que teve resultado positivo pela primeira vez desde o início das medidas impostas por causa da Covid-19, com a abertura de 4.637 novas vagas.