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No Outubro Rosa, Ministério da Saúde amplia ações contra o câncer de mama
Em alusão ao Outubro Rosa, mês de conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e de colo do útero, o Ministério da Saúde anunciou a ampliação do acesso à cirurgia de reconstrução mamária no SUS para mulheres com diagnóstico de câncer de mama submetidas à mastectomias.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, assinou portaria que institui a estratégia de ampliação, nesta quarta-feira (19/10), em Brasília, em evento de mobilização do Outubro Rosa que uniu os ministérios da Saúde; da Mulher, da Família e Direitos Humanos e a Caixa para reforçar as ações de prevenção e combate à doença.
Os hospitais serão habilitados para fazer a cirurgia de reconstrução mamária de acordo com o desempenho, baseado em critérios técnicos. Dessa forma, os serviços de saúde que alcançarem melhor desempenho receberão mais recursos financeiros para ampliação do acesso.
Outra novidade anunciada é que as mulheres terão acesso de forma fácil e rápida, na palma da mão, às informações sobre prevenção e combate ao câncer de mama e de colo de útero pelo aplicativo Caixa Tem. A iniciativa é uma parceria entre o banco e o Ministério da Saúde. Além disso, servidores da Caixa que atuam no Caixa Pra Elas foram capacitados para orientar as mulheres sobre a prevenção ao câncer de mama e de colo de útero.
O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Também é o que causa mais mortes entre as mulheres.
Na rede pública, a prevenção à doença começa na atenção primária à saúde que é a porta de entrada do Sistema de Saúde (SUS). No país há, atualmente, 48 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS) e 51.631 equipes de atenção primária. Focada nas mulheres, o Ministério da Saúde tem a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher com serviços de promoção, prevenção e assistência à saúde dessa parcela da população.
Há fatores de risco que podem aumentar as chances de desenvolver câncer de mama, de acordo com o Ministério da Saúde. Entre eles, os comportamentais como obesidade e o sedentarismo e os hereditários como histórico familiar de câncer de ovário e mama. O câncer de mama hereditário, relacionado à alteração genética transmitida na família, representa apenas de 5 a 10% do total de casos. O risco de câncer de mama aumenta com a idade, sendo maior a partir dos 50 anos.
Segundo o Inca, um em cada três casos de câncer pode ser curado se for descoberto logo no início. Para a prevenção e o diagnóstico precoce, a recomendação é que as mulheres façam o autoexame e mamografia, que é uma radiografia das mamas feita por aparelho de raio-x. Recomenda-se que mulheres de 50 a 69 anos tenham acesso à mamografia de rotina a cada dois anos.
Só em 2021, mais de 3,4 milhões de mamografias foram feitas no SUS em todo o país. A rede assistencial de tratamento de câncer no país tem 314 serviços habilitados em oncologia que oferecem tratamento cirúrgico, radioterapia e quimioterapia.
Embora atinja mais as mulheres, os homens também desenvolvem câncer de mama, situação que representa 1% dos casos.
Sintomas e sinais de alerta do câncer de mama
Caroço fixo, endurecido e geralmente indolor. É a principal manifestação da doença;
Alterações no bico do peito (mamilo);
Saída espontânea de líquido de um dos mamilos;
Pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas);
Pele da mama vermelha ou parecida com casca de laranja.
Caso identifique algum dos sinais citados, procure assistência médica. O diagnóstico precoce salva vidas.