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TRANSPLANTE
Brasil tem o terceiro maior registro de doadores de medula óssea do mundo
O transplante pode beneficiar pessoas com cerca de 80 doenças diferentes, como leucemias, linfomas, mieloma múltiplo, aplasia de medula e imunodeficiências. - Foto: Ministério da Saúde
O Dia Mundial do Doador de Medula Óssea é celebrado no terceiro sábado do mês de setembro. O transplante pode beneficiar pessoas com cerca de 80 doenças diferentes, como leucemias, linfomas, mieloma múltiplo, aplasia de medula e imunodeficiências. O procedimento consiste na substituição de uma medula óssea doente por células normais de medula óssea (células-tronco), com o objetivo de reconstituir uma medula saudável.
O Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea no Brasil - REDOME, vinculado ao Ministério da Saúde, é o terceiro maior registro do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da Alemanha. São mais de 5,5 milhões de brasileiros cadastrados.
Encontrada no interior dos ossos, a medula óssea contém as células-tronco hematopoéticas, que produzem os componentes do sangue, incluindo as hemácias ou glóbulos vermelhos, os leucócitos ou glóbulos brancos, que são parte do sistema de defesa do nosso organismo, e as plaquetas, responsáveis pela coagulação. O transplante de medula óssea pode ser autólogo (autogênio), ou seja, quando a medula vem da própria pessoa, ou alogênico, quando vem de um doador. O médico responsável determina qual o tipo de transplante será realizado de acordo com a doença. Quando o tratamento escolhido é o transplante alogênico, inicia-se a busca de doadores entre os familiares. Normalmente, irmãos ou pais têm maiores chances de composição genética semelhante.
Quando o doador familiar não é encontrado, a busca se faz por um doador compatível entre indivíduos não familiares, na população regional ou mundial. O REDOME reúne todos os dados dos voluntários, como nome, endereço, resultados de exames e características genéticas. Para saber se o doador é compatível, são realizados testes no sangue, chamados de exames de histocompatibilidade (HLA).
Quem pode doar medula óssea?
Para se tornar um doador de medula óssea é necessário ter entre 18 e 35 anos, estar em bom estado geral de saúde, não ter doença infecciosa no sangue ou incapacitante, não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica ou do sistema imunológico.
É necessário realizar o cadastro no hemocentro mais próximo, onde será feita a coleta de amostra de sangue (5ml) para o exame de compatibilidade. Os dados do doador são inseridos no cadastro do REDOME e quando houver um paciente com possível compatibilidade, o voluntário é contatado. O material pode ser enviado para o paciente da mesma cidade, país ou até fora do Brasil.
Com informações do Ministério da Saúde.