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Hábitos saudáveis e tratamento adequado são importantes para o controle da diabetes
Depois que foi diagnosticada com diabetes, Sebastiana Costa Santos, de 78 anos, mudou os hábitos alimentares e começou o tratamento no SUS - Foto: Agência Brasil
Considerada uma doença silenciosa por, na maioria das vezes, não manifestar sintomas ou causar mal-estar no paciente, a diabetes esteve entre as cinco principais causas de morte no Brasil em 2018. Por isso, a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento correto são peças-chave no controle da doença.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece diagnóstico, acompanhamento e tratamento completo para a diabetes, inclusive com distribuição de insulina quando necessário. O atendimento conduzido pela Atenção Primária à Saúde pode evitar hospitalizações e complicações relacionadas à doença. As equipes de saúde da família fazem acompanhamento multiprofissional.
“Em 2020, o recurso investido para a manutenção das equipes de Saúde da Família em ações da promoção de saúde, entre elas academia da saúde, programa saúde na escola e ações para alimentação e saúde, até o momento somam mais de R$ 14 bilhões”, explica o secretário da Atenção Primária à Saúde, do Ministério da Saúde, Raphael Parente.
“Em 2020, o recurso investido para a manutenção das equipes de Saúde da Família em ações da promoção de saúde, entre elas academia da saúde, programa saúde na escola e ações para alimentação e saúde, até o momento somam mais de R$ 14 bilhões”, explica o secretário da Atenção Primária à Saúde, do Ministério da Saúde, Raphael Parente
“Além desse valor, ainda este ano, o ministério destinou mais R$ 221 milhões por meio de portaria que instituiu, em caráter excepcional e temporário, no contexto da Covid-19, incentivo financeiro federal para atenção às pessoas com obesidade, diabetes e também hipertensão arterial”, frisa o secretário.
A diabetes é causada pela produção insuficiente ou resistência à insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, estima-se que 9 milhões de pessoas que acessam a Atenção Primária têm diabetes, sendo que 35% dessas pessoas estão cadastradas nas unidades de saúde.
Em 2019, foram feitas 11 milhões de consultas para pessoas com essa doença. No mesmo ano, o número de internações por diabetes foi 136 mil, gerando um custo de R$ 98 milhões de reais.
Depois que foi diagnosticada com diabetes, Sebastiana Costa Santos, de 78 anos, mudou os hábitos alimentares e começou o tratamento no SUS. Ela contou que procurar o médico foi fundamental para controlar a doença. “Acho que o tratamento é muito bom. Aconselho que procurem sempre um médico para se tratar e procure com muito cuidado, não deixe de ir ao médico para medir a glicemia, se alimentar bem, fazer exercícios e exames permanentes por causa da glicemia”, relatou.
O último dia 14 foi o Dia Mundial de Combate ao Diabetes, data em que são lembrados os perigos da doença e cuidados para evitá-la.
Prevenção
A melhor forma de prevenir é praticando atividades físicas regularmente, manter uma alimentação saudável consumindo frutas, verduras e reduzindo sal, açúcar e gorduras. É importante também manter o peso controlado, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e não fumar. Pessoas com histórico familiar de diabetes devem redobrar os cuidados.
Fatores de risco
Além dos fatores genéticos e a ausência de hábitos saudáveis, outros fatores podem contribuir para o desenvolvimento do diabetes como a pressão alta, colesterol alto ou alterações na taxa de triglicérides no sangue, o sobrepeso principalmente se a gordura estiver concentrada em volta da cintura e doenças renais crônicas.
Tipos de diabetes
Diabetes tipo 1: doença crônica hereditária. Cerca de 90% dos pacientes diabéticos no Brasil têm esse tipo. Aparece geralmente na infância ou adolescência, mas também pode ser diagnosticada em adultos. O tratamento exige o uso diário de insulina para controlar a glicose no sangue.
Diabetes tipo 2: ocorre quando o corpo não aproveita adequadamente a insulina produzida. A causa está relacionada a fatores como histórico familiar, idade superior aos 45 anos, sobrepeso, sedentarismo e hipertensão arterial.
Pré-diabetes: é um sinal de alerta do corpo quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas ainda não tão elevados para caracterizar a doença. A mudança de hábito alimentar e a prática de exercícios são os principais fatores de sucesso para o controle.
Diabetes gestacional: ocorre temporariamente durante a gravidez. As taxas de açúcar no sangue ficam acima do normal, mas ainda abaixo do valor para ser classificada como diabetes tipo 2.
Sintomas
Fome e sede excessiva e vontade de urinar várias vezes ao dia são os principais sintomas. Mas, dependendo do tipo, não há sinais específicos.
A diabetes tipo 1 pode provocar perda de peso, fraqueza, mudanças de humor, náusea e vômito. A tipo 2 traz sintomas como cicatrização demorada de feridas, visão embaçada e formigamento de pés e mãos.
Complicações
Cada tipo de diabetes requer cuidados diferenciados. Quando não tratada corretamente, a doença pode evoluir para formas mais graves e apresentar diversas complicações. Entre elas, problemas arteriais e amputações, doença renal, feridas nos pés de difícil cicatrização, cegueira e mais chance de desenvolver problemas nos olhos como cataratas e glaucoma.
Além disso, pode haver redução de sensibilidade devido aos danos que a falta de controle da glicose causa aos nervos. Essas duas condições fazem com que seja mais fácil sofrer com úlceras e infecções, que podem levar à amputação. A maioria das amputações são evitáveis com cuidados regulares e calçados adequados.