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Saúde
General Pazuello toma posse como Ministro da Saúde
O general Eduardo Pazuello assumiu, oficialmente, nesta quarta-feira (16), o comando do Ministério da Saúde, em cerimônia no Palácio do Planalto - Foto: Carolina Antunes/PR
O general Eduardo Pazuello assumiu, oficialmente, nesta quarta-feira (16), o comando do Ministério da Saúde, em cerimônia no Palácio do Planalto. O ministro estava no cargo interinamente desde 16 de maio. Desde então, tem coordenando as ações federais de prevenção e enfrentamento à Covid-19 no País.
No discurso de posse, Pazuello lembrou que chegou ao ministério em um momento crítico do avanço da doença. “Literalmente, tivemos que trocar a roda com o carro andando. A responsabilidade era enorme e tivemos a liberdade total para implementarmos as medidas que eram necessárias”, afirmou.
“Juntos, reestruturamos o ministério, adequamos protocolos e combatemos não só a Covid-19, mas também as demais doenças que afligem o nosso povo. Utilizamos, para isso, a melhor ferramenta que poderíamos ter, nosso Sistema Único de Saúde, o SUS”, disse Pazuello.
O ministro destacou a importância da capilaridade do SUS e da integração com secretarias estaduais e municipais de saúde para o atendimento à população. “O receio de que o SUS entraria em colapso não pode mais existir, isso não aconteceu e não vai acontecer”, enfatizou.
Tratamento precoce da Covid-19
Pazuello falou sobre o aprendizado em relação à necessidade do tratamento precoce da Covid-19, ao contrário do que era difundido sobre permanecer em casa e procurar atendimento médico apenas em caso de falta de ar.
“O aprendizado [nesse tempo de enfrentamento à doença] nos mostrou que quanto mais cedo atendermos os pacientes, melhores são suas chances de recuperação. O tratamento precoce salva vidas”. E completou: “Com o fortalecimento dessa conduta, já alcançamos mais de 3 milhões e 600 mil pessoas recuperadas. Um dos maiores quantitativos de pessoas recuperadas no mundo”.
O ministro destacou que o Brasil alcançou uma situação de estabilidade bem definida em relação ao número de casos do coronavírus. “São sinais claros e positivos de que todo o nosso trabalho e empenho está surtindo os efeitos esperados”, observou. Ele também se solidarizou com os familiares das vítimas da doença e parabenizou o trabalho dos profissionais de saúde que se expõem diariamente na linha de frente do enfrentamento à Covid-19.
Ainda falou sobre os projetos futuros da pasta, como a implantação do prontuário eletrônico e o programa de saúde digital para aumentar o acesso à saúde em áreas remotas.
Gestão
Nos últimos quatro meses, Pazuello reforçou as estruturas e a assistência em saúde em todo o País para o enfrentamento ao novo coronavírus no apoio aos estados, municípios e o Distrito Federal. Até o momento, o ministério destinou R$ 25,7 bilhões exclusivamente para combate à Covid-19.
Durante a gestão interina de Eduardo Pazuello, foram estabelecidas estratégias para a aquisição dos medicamentos para intubação orotraqueal de pacientes com Covid-19 para evitar a falta dos produtos aos serviços do SUS nos estados e adotadas iniciativas para equalizar os estoques.
Também foram habilitados, até o momento, 13.382 leitos de UTI solicitados pelos estados e municípios para o tratamento exclusivo de pacientes da Covid-19, representando 100% dos pedidos atendidos. O Brasil também contou com o reforço de 10.857 ventiladores pulmonares, entregues em todo o País.
As estratégias do SUS foram fortalecidas nas comunidades e favelas, com o credenciamento de 91 Centros Comunitários para conseguir atender pacientes da Covid-19. Os povos indígenas mereceram ações específicas com a distribuição de suprimentos, insumos, testes rápidos e equipamentos de proteção individual aos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas.
O ministro
Carioca, Eduardo Pazuello é general de três estrelas. Se formou em 1984 na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende (RJ), como Oficial de Intendência, área responsável por tarefas administrativas e de logística.
Ao longo da carreira, coordenou as tropas do Exército durante as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, e esteve à frente da Base Logística Multinternacional Integrada na tríplice fronteira. Em 2018, coordenou a Força-Tarefa Logística Humanitária (Operação Acolhida), responsável por abrigar refugiados da Venezuela.