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Coronavírus
Governo reforça assistência e atendimento a indígenas durante pandemia
A assistência aos povos indígenas inclui a capacitação de Agentes de Saúde Indígenas durante a pandemia da Covid-19 - Foto: Agência Brasil
O Governo Federal tem garantido assistência aos mais de 750 mil indígenas brasileiros aldeados durante a pandemia da Covid-19. O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), reforçou o atendimento desde o início do ano, antes mesmo do decreto de pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Dessa forma, foram realizadas ações de informação, prevenção e combate ao coronavírus, orientando comunidades indígenas, gestores e colaboradores em todo o Brasil. São mais de 6 mil aldeias de 305 etnias espalhadas pelo País.
Até o momento, cerca de 1 milhão de itens entre Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), insumos e medicamentos foram enviados aos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dsei). Foram distribuídos máscaras cirúrgicas e N95, luvas, aventais de proteção, toucas, frascos de álcool em gel, e testes rápidos para Covid-19. Para que a entrega fosse possível, o Ministério da Saúde já investiu mais de R$ 70 milhões em ações específicas para o enfrentamento da doença, incluindo compras realizadas pelos Dsei.
"Estamos trabalhando firme para atender toda a população indígena neste momento com assistência de qualidade, revendo procedimentos, melhorando as questões de saneamento e atendimento à saúde básica de cada indígena brasileiro. A conduta precoce é a melhor ação, portanto, qualquer indígena que apresentar sintomas, deve procurar o serviço de saúde mais próximo para receber atendimento médico", reforçou o secretário Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Robson Santos da Silva.
A Sesai conta hoje com 14,2 mil profissionais, sendo 60% indígenas, integrando cerca de 800 Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena. As ações durante a pandemia incluem reforço médico em todos os 34 distritos sanitários, um investimento de R$ 1,1 milhão em pesquisas com foco no enfrentamento da Covid-19 entre a população indígena e a distribuição de medicamentos e insumos médicos.
Atenção primária
Recentemente, o Ministério da Saúde criou a Unidade de Atenção Primária Indígena (Uapi). As unidades vão fortalecer os serviços de atenção primária à saúde indígena no atendimento desta população proporcionando o acolhimento dos casos suspeitos de Síndrome Gripal e identificação precoce de casos de coronavírus.
Também foram instaladas alas indígenas para tratamento da Covid-19. No total, a Sesai criou mais de 150 leitos para indígenas nos estados do Amazonas (Manaus, Atalaia do Norte, Benjamin Constant), Amapá (Macapá), Pará (Belém, Marabá, Santarém) e Roraima (Boa Vista).
Estão sendo realizadas, ainda, missões conjuntas com o Ministério da Defesa para envio de equipamentos, insumos e apoio de pessoal aos Hospitais Militares que atendem também a população civil em São Gabriel da Cachoeira, Tabatinga, Vale do Javari (AM), Boa Vista (RR), Oriximiná (PA) e na população Xavante (MT).
Foi elaborado um Plano de Contingência Nacional para Infecção Humana pelo Coronavírus em Povos Indígenas que detalha como as equipes de saúde devem agir conforme cada caso. Todo esse planejamento e estudo antecipado resultam em atendimentos rápidos e eficientes executados diretamente nas aldeias.
Equipes
A assistência aos povos indígenas inclui a capacitação de Agentes de Saúde Indígenas durante a pandemia da Covid-19 e a disponibilização de 19 vacinas aos estados e distritos sanitários, abrangendo crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes. A Operação Gota realiza a multivacinação em populações que vivem em áreas de difícil acesso. O Ministério da Saúde também acompanha os indígenas beneficiários do programa Bolsa Família, por meio da Atenção Primária. Hoje, são acompanhados 233.187 indígenas.
Para oferecer atendimento em situações de emergência, a Secretaria autorizou a contratação de 34 equipes de resposta rápida para atuar em cada distrito. As equipes, compostas por médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, ficam disponíveis 24h para partir para o território indígena que apresentar, eventualmente, um aumento de casos repentino, reforçando assim o trabalho das equipes multidisciplinares de saúde indígena que já se encontram atuando normalmente nas aldeias.
Com informações do Ministério da Saúde