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Covid-19
Em seis meses, hospitais universitários disponibilizaram mais de 1,8 mil leitos para atendimento
Hospitais universitários contam com infraestrutura planejada especialmente para atender casos de Covid-19 - Foto: Agência Brasil
O Ministério da Saúde divulgou o primeiro diagnóstico positivo de Covid-19 no Brasil no dia 26 de fevereiro. Causada por um novo coronavírus (Sars-CoV-2), a doença, ainda pouco conhecida, trouxe grandes desafios para o sistema de saúde (instituições, profissionais e pesquisadores). Com 40 hospitais universitários federais, a maior rede de hospitais públicos do País, a Rede Ebserh faz um balanço de ações de combate ao coronavírus.
“Durante esses seis meses de combate à Covid, a Rede Ebserh capacitou profissionais, apoiou o desenvolvimento de projetos de pesquisa que contribuem com o enfrentamento da doença e proporcionou atendimento de qualidade para a população, seja na linha de frente de combate à pandemia ou como retaguarda, permitindo condições adequadas para que hospitais pudessem atender pacientes confirmados ou com suspeita de infecção”, afirmou o presidente da estatal, Oswaldo Ferreira.
Para acompanhar a evolução da pandemia e oferecer vagas aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), nesses seis meses, a Rede Ebserh disponibilizou 1.877 leitos e ofereceu atendimento a mais de 40 mil pessoas com Covid-19 ou suspeita da doença. A empresa atuou, ainda, em parceria direta com os ministérios da Saúde e da Educação, e adotou como diretriz o monitoramento da situação no País e nas 40 unidades hospitalares da Rede.
Entre as ações realizadas pela Ebserh nesse período estão a disponibilização de recursos específicos para o combate à Covid-19, a contratação emergencial de profissionais temporários, a promoção de atividades de saúde digital, a realização de capacitações online e presenciais, obedecendo os protocolos de segurança, e o incentivo e apoio a 236 pesquisas e estudos científicos.
"Hoje, nós contamos com quase dois mil leitos para atendimento Covid, sendo aproximadamente 700 de terapia intensiva. Também somos campo de prática para dois estudos para a produção de vacina e também de 236 projetos de pesquisa relacionado à Covid em toda a rede. Além disso, a Ebserh fez um trabalho integrado com as secretarias de saúde, que possibilitou colaborar com as necessidades do gestor local do SUS local”, afirmou o diretor de Atenção à Saúde da Rede Ebserh, Giuseppe Gatto.
A dona de casa Roselita Nascimento, de 52 anos, moradora de Camaragibe (PE), foi uma das pacientes da Rede Ebserh. Egressa de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o estado de saúde de Roselita era grave e ela ficou internada 81 dias no Hospital das Clínicas do Recife (HC-UFPE/Ebserh). Desses, 52 dias foram na UTI especialmente montada para receber os pacientes com a Covid-19, sendo mais de três semanas usando respirador artificial. “Eu sou um milagre. Tive parada cardiorrespiratória de 20 minutos, trombose, perdi a função de um rim. Mas estou aqui para contar essa história e agradecer a Deus e a toda a equipe do HC”, relata Roselita.