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Luxturna
Comissão de biossegurança aprova produto para terapia genética no Brasil
Integrantes da CTNBio durante reunião, em Brasília, que aprovou a liberação comercial da primeira terapia genética no país. - Foto: MCTIC
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, aprovou nessa quinta-feira (5), a liberação comercial de um produto para terapia genética pela primeira vez no Brasil. O Luxturna é indicado para o tratamento de pacientes com degeneração hereditária da retina, que pode levar à perda total da visão.
“É um grande marco. É a primeira terapia gênica aprovada pela comissão e outras deverão entrar na pauta” afirma o relator do processo de liberação comercial do Luxturna na CTNBio, Paulo Barroso. Segundo ele, a comissão avaliou os riscos de biossegurança e as possibilidades de danos causados pelo Organismo Geneticamente Modificado (OGM), bem como a capacidade de o vírus persistir no meio ambiente ou ser repassado para outras pessoas.
De acordo com o pesquisador, na terapia genética, um paciente que não tem determinado gene ou que tem um gene com uma mutação, recebe um gene adicional para resolver o problema. A terapia genética com o Luxturna corrige mutações no gene RPE65, que podem resultar em cegueira. O procedimento deve ser realizado em hospitais ou clínicas especializadas. O produto é administrado via injeção subretiniana em cada olho.
A comercialização do produto ainda depende da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que deverá avaliar a capacidade terapêutica do Luxturna. A expectativa é que a liberação aconteça nos próximos meses.
A CTNBio reúne cientistas e especialistas com atuação reconhecida em diversas áreas do conhecimento relacionados a Organismos Geneticamente Modificado (OGMs). Sua finalidade é estabelecer normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvem OGMs, além de assessorar o Governo Federal na formulação e implementação da Política Nacional de Biossegurança. Por se tratar de uma instituição colegiada, os temas são debatidos e analisados sob diversos pontos de vista, o que contribui para diminuir eventuais riscos à saúde da população e ao meio ambiente.
Com informações do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações