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Brasil monitora situação do coronavírus; não há casos confirmados no país
Ministro da Saúde, Henrique Mandetta, em entrevista coletiva, tranquiliza população brasileira em relação ao coronavírus. - Foto: Agência Saúde/MS
Nesta terça-feira (28), o governo brasileiro recomendou que a população evite viagens à China em razão do aumento do nível de alerta global para transmissão do novo coronavírus. O ministro da Saúde, Henrique Mandetta, destacou que não há casos confirmados da infecção no Brasil. "Este momento é de tranquilizar a população brasileira. Não temos ainda nenhum caso identificado no Brasil", asseverou Mandetta.
O Ministério da Saúde pedirá a atualização de planos de contingência aos estados. No momento, um caso suspeito é monitorado em Belo Horizonte. Ontem, a Organização Mundial da Saúde (OMS), que até então restringia a questão do coronavírus à província de Wuhan, passou a considerar a China como um todo. "É bom deixar claro que o Brasil já tem total capacidade de identificar o coronavírus. Nesta fase, é importante identificarmos se já existe a circulação do vírus no país", reforçou o ministro.
Carnaval no Brasil
O ministro da Saúde tranquilizou a população sobre o Carnaval destacando que a maior parte dos turistas que vem ao Brasil durante as celebrações não são da Ásia. “De qualquer maneira, todos os portos e aeroportos estão preparados e farão ações de vigilância. A nossa vigilância em saúde no Brasil é reconhecida, principalmente, pela capilaridade do SUS. O Brasil possui uma equipe de profissionais capacitados e que já passaram por outras epidemias de vírus. Todos os rumores e suspeitas do coronavírus são detectados e avaliados", explicou o ministro.
Coronavírus em Minas Gerais
Há um caso suspeito em Minas Gerais de uma paciente que foi para Wuhan (China). O estado da paciente é bom, ela está em isolamento. O Governo do Brasil monitora o caso.
Preparação do SUS
Ainda não há qualquer caso confirmado do coronavírus em território brasileiro, mas o Ministério da Saúde já está preparando toda rede do Sistema Único de Saúde para possíveis confirmações. No momento, o Governo do Brasil atua mais no campo da prevenção, seguindo as orientações da OMS. “Hoje, pela manhã, conversei com o presidente Jair Bolsonaro e o coloquei a par das novas orientações da OMS sobre o coronavírus. Ele me solicitou que mantenha a população brasileira informada e prepare o sistema de saúde do país para o atual cenário", disse Mandetta.
Recomendações de prevenção
Em termos de qualquer epidemia de síndrome respiratória, deve-se lavar as mãos repetidas vezes durante o dia, usando sabão por, no mínimo, 20 segundos; também deve-se evitar espirrar ou tossir sem proteger as pessoas próximas (cobrir as vias aéreas); evitar contato próximo com pessoas com sintomas de gripe; não circular ou expor as pessoas quando houver sintomas de gripe; evitar locais com grande aglomeração de pessoas.
Cuidados na Pecuária
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) também acompanha a situação do coronavírus junto ao Ministério da Saúde. De maneira geral, o coronavírus também pode causar infecções em animais. Entretanto, as investigações ainda estão em andamento para identificar e estabelecer as espécies com potencial de ser um reservatório dessa doença.
Até o momento, com base nas informações disponíveis, não há relatos do vírus em qualquer espécie animal. A Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) não fez nenhuma restrição de comercialização de produtos e de animais. O Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária esclarece que a recomendação geral é que animais doentes nunca devem ser abatidos para consumo. Já animais mortos devem ser enterrados ou eliminados com segurança. O contato com carcaças e fluidos deve ser realizado apenas com uso adequado de roupas protetoras.
Qualquer suspeita de doença exótica ou emergente, bem como mudança no perfil epidemiológico de doenças animais, devem ser relatadas imediatamente ao Serviço Veterinário Oficial, estruturado no Mapa e nos estados, que são também responsáveis pela defesa sanitária animal.
Com informações do Ministério da Saúde, ONU, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento