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Meio Ambiente
Projeto estimula ações sustentáveis nas escolas brasileiras
Lançado nesta quarta-feira (14/09), o projeto Escolas +Verdes tem o objetivo de promover a sustentabilidade nas escolas brasileiras. A medida, realizada pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com Ministério da Educação, tem investimento inicial previsto de até R$ 300 milhões para serem usados em ações de cidadania e educação ambiental, como a separação e tratamento de resíduos, reciclagem, logística reversa, reúso e eficiência no uso de água, eficiência energética e energias renováveis.
Na primeira etapa, estão previstos R$ 100 milhões para a instalação de biodigestores em escolas, possibilitando a produção de biogás a partir de resíduos orgânicos. O biodigestor é um equipamento que produz, além do biogás, o biofertilizante líquido. Assim, cascas, sementes, bagaço de frutas e restos de legumes deixam de ir para o lixo comum e geram o biogás, que retorna para o fogão no preparo da merenda, substituindo a compra de botijões de GLP. Já o biofertilizante líquido pode ser utilizado em hortas, pomares e jardins da escola. O biodigestor pode ser usado, ainda, para o tratamento de esgoto em escolas que ainda não têm saneamento básico.
A experiência com biodigestores nas escolas começou em 2019, quando o município de Venâncio Aires, no Rio Grande do Sul, participou de uma chamada pública lançada pelo Ministério do Meio Ambiente com o projeto de instalação desses equipamentos para reaproveitar o lixo produzido na escola. A iniciativa chegou a 23 escolas do município e ajuda a despertar a educação e cidadania ambiental dos alunos por meio de uma conexão com disciplinas como ciências, química, física, matemática e biologia. “A prática funciona muito melhor. Eles estão vivenciando, fazendo no dia a dia e vendo os resultados. Não fica só na teoria”, explica a professora Fabiane Walter, da escola Alfredo Scherer, de Venâncio Aires.
Agora, a experiência será levada para mais de 200 escolas de todo o país. A aquisição e implantação dos biodigestores em escolas públicas será financiada pelo Ministério do Meio Ambiente. Para a segunda fase do programa, a previsão é que sejam investidos R$ 200 milhões, abrangendo outras iniciativas sustentáveis. Escolas públicas ou particulares que adotem práticas de sustentabilidade também poderão requisitar o selo Escola +Verde. A certificação é um reconhecimento do Ministério do Meio Ambiente e um diferencial para estimular a educação ambiental dentro e fora de sala de aula.
“A partir do momento que uma escola ganha um selo, ela começa a ser reconhecida no Brasil e difundir toda essa informação, outras escolas vão poder replicar aquelas ações e, assim, vamos trazer cada dia mais o meio ambiente para a sala de aula”, disse o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite.