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Operação Samaúma
Forças Armadas atuam no combate a crimes ambientais
- Foto: TV Brasil
No combate a crimes ambientais como desmatamento ilegal e queimadas, as Forças Armadas e agentes ambientais entram na floresta amazônica em meio a vegetação densa para evitar os ilícitos e punir quem os pratica. Uma das ações é a Operação Samaúma, autorizada no dia 28 de junho para atuar no Amazonas, Mato Grosso, Pará e Rondônia. A operação foi batizada com o nome da maior árvore da Floresta Amazônica, que pode alcançar 70 metros.
Na operação já foram apreendidos mais de R$ 1,2 milhão vindos de ilícitos cometidos por infratores ambientais. Foram confiscados 700 metros cúbicos de madeira, seis maquinários de serraria, quatro espingardas e munição, dois tratores, uma retroescavadeira e aplicados R$ 173,5 mil em multas. Os dados foram atualizados até o dia 16 de julho.
Sobre
A Operação Samaúma ocorre em parceria com agências ambientais, militares das Forças Armadas na prevenção e na repressão a crimes ambientais em terras indígenas, em unidades federais de conservação ambiental e em áreas de propriedade ou sob posse da União. Também podem atuar em outras áreas dos estados abrangidos pela operação, desde que haja requerimento do governador.
“As Forças Armadas estão sendo empregadas para apoiar as agências ambientais, os órgãos de segurança pública, e todas as instituições que têm responsabilidade na preservação ambiental. Essa capacidade das agências foi ampliada e consequentemente agora com a operação pode-se focar em alguns objetivos mais específicos. Este decreto estabelece crimes ambientais com foco maior na parte do desmatamento, com o caráter preventivo”, disse o chefe do Estado Maior da 17ª Brigada de Infantaria de Selva, Coronel Sousa Filho.
A força-tarefa prevê trabalho conjunto em área menor, focada onde há registro de maior incidência de ilícitos e mais integrada com as equipes dos órgãos que participam, em especial do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
As Forças Armadas trabalham em coordenação com o Conselho Nacional da Amazônia Legal, presidido pelo vice-presidente Hamilton Mourão.
O Tenente-Coronel Barreto, oficial de operações da 17ª Brigada de Infantaria de Selva, explicou que o foco é o combate ao desmatamento e aos ilícitos. Segundo ele, cada agência tem sua função e cabe às Forças Armadas, principalmente, a segurança e a logística. “É feito todo um trabalho de inteligência com dados do Ibama, do próprio ICMbio para levantar onde está sendo extraída essa madeira e para onde está sendo levada. A partir daí levantam-se os alvos e o papel do Exército é complementar, montando esta estrutura logística para dar o suporte para às operações”.
GLO
A operação foi iniciada a partir de decreto que autoriza o emprego das Forças Armadas, para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), assinado pelo Presidente Jair Bolsonaro e ocorre até o dia 31 de agosto. O decreto especifica que objetivo é realizar ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais, em especial o desmatamento ilegal.
Desde 2019, haviam sido autorizadas duas operações das Forças Armadas na Amazônia, chamadas Verde Brasil 1 e 2. A mais recente delas se encerrou em abril.
Apreensões em Rondônia
Na última terça-feira (14), em uma ação da Operação Samaúma, foram apreendidos 700 metros cúbicos de madeira na Floresta Nacional (Flona) de Jamari, a menos de 300 quilômetros de Porto Velho, em Rondônia. O volume corresponde a 60 caminhões carregados com toras de madeira.
Foram mais de 10 horas de operação para que os militares das Forças Armadas em conjunto com as polícias Civil e Militar e o ICMBio chegassem até às toras que estavam escondidas. O comboio contou com 40 homens, que se deslocaram em dois caminhões do Exército e cinco motos.
“Falar de operação na Amazônia é tudo superlativo. A Amazônia tem mais de 5 milhões de quilômetros quadrados. Então, o desafio é muito grande, mas temos a convicção que com o trabalho conjunto, essa união de esforços, realmente o agente que comete o ilícito tende a ficar mais coagido. Uma vez que a gente tem uma presença mais constante, com essa operação, o foco realmente é sufocar esses locais e coibir a ação por parte dos infratores”, afirmou o Tenente-Coronel Barreto.
Com informações do Ministério da Defesa