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Viagem com embaixadores à Amazônia foi intensa e proveitosa, diz Mourão
A viagem teve como objetivo mostrar a realidade amazônica e as ações implementadas pelo Governo Federal para preservar a região - Foto: Agência Brasil
Durante três dias, autoridades estrangeiras estiveram no estado do Amazonas acompanhadas de ministros e do vice-presidente, Hamilton Mourão, que também é presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal e liderou a missão. A viagem incluiu as cidades de Manaus, Maturacá e São Gabriel da Cachoeira, e teve como objetivo mostrar aos embaixadores de outros países a realidade amazônica e as ações implementadas pelo Governo Federal para preservar a região.
“Foi uma agenda intensa e muito proveitosa. Essa viagem com os embaixadores e formadores de opinião consistiu num esforço ampliado para apresentar a Amazônia e sua complexidade, pois trata-se de uma região rica, muito vasta, mas pouco conhecida, não só pelos brasileiros que vivem no Centro Sul, mas, principalmente, pela comunidade internacional”, disse o vice-presidente, Hamilton Mourão.
“Foi uma agenda intensa e muito proveitosa. Essa viagem com os embaixadores e formadores de opinião consistiu num esforço ampliado para apresentar a Amazônia e sua complexidade, pois trata-se de uma região rica, muito vasta, mas pouco conhecida, não só pelos brasileiros que vivem no Centro Sul, mas, principalmente, pela comunidade internacional”, disse o vice-presidente, ao fazer um balanço da viagem, nesta segunda-feira (9), no programa de Rádio Por Dentro da Amazônia.
A missão começou por Manaus, onde o grupo ficou por dois dias. Lá, foi realizado um sobrevoo ao longo da BR 163, uma rodovia longitudinal que corta o Brasil. Seu principal trecho liga as cidades de Tenente Portela, no Rio Grande do Sul, a Santarém, no Pará, e tem fundamental importância para o escoamento da produção das regiões Norte e Centro-Oeste do país.
“O sobrevoo que nós fizemos foi em área antropizada, ao longo da BR 163; e também para mostrar outras áreas ao longo da BR que estão preservadas. E, aí, eles verem com os próprios olhos que a construção de uma rodovia não significa a destruição da floresta”, disse Hamilton Mourão.
Em Manaus, o vice-presidente da República também guiou a equipe de diplomatas numa visita ao zoológico do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) e ao Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM). O grupo também esteve no laboratório modelo de investigação de crime ambiental, da Polícia Federal, e conheceu o Encontro das Águas, que acontece na confluência entre o rio Negro, de água preta, e o rio Solimões, de água barrenta. No local, considerado uma das principais atrações turísticas da cidade, as águas dos dois rios correm lado a lado sem se misturar.
Em Manaus, os embaixadores internacionais conheceram, ainda, o Projeto Integrado de Colonização Bela Vista, coordenado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Reunião com indígenas
No terceiro e último dia da viagem, o grupo foi a Maturacá, onde se reuniu com indígenas.
“Em Maturacá, tivemos contato direto com os indígenas da etnia Yanomami, que foi muito importante para que não só os representantes das nações amigas, como também os formadores de opinião, tivessem a exata noção de como eles vivem e quais são suas demandas”, acrescentou o vice-presidente também em entrevista ao seu programa de Rádio.
Mourão também falou da dificuldade de se chegar na região e do apoio necessário aos indígenas.
"A questão indígena é uma questão delicada, principalmente esses povos que estão nos confins do Brasil. É difícil o apoio necessário para chegar até aqui. É diferente de indígenas que vivem no Mato Grosso, onde você tem maior mobilidade, maior capacidade de chegar com mais rapidez. Mas nós estamos constantemente por meio da Secretaria de Saúde Indígena prestando o apoio necessário, além do apoio que é feito pelo Pelotão de Saúde da fronteira”, disse Hamilton Mourão.
No terceiro dia de viagem, os embaixadores estrangeiros também passaram por São Gabriel da Cachoeira, localizado na fronteira com a Colômbia e Venezuela, no extremo noroeste do Brasil. Lá, conheceram um Pelotão de Fronteira do Exército, participaram de formatura na 2ª Brigada de Infantaria de Selva e visitaram uma Casa de Apoio à Saúde Indígena, do Ministério da Saúde.
Para o embaixador colombiano no Brasil, Darío Montoya Mejía, a viagem foi uma oportunidade de ver de perto a complexidade e a realidade da região amazônica.
“A visão que países europeus e outros têm é que a Amazônia é um lugar para preservar, para cuidar, que é um paraíso. É tudo isso, mas é uma região muito difícil. Todos temos que entender que qualquer esforço aqui é dez vezes mais complicado, mais forte que em muitas partes diferentes. As selvas e os rios dificultam que o Governo chegue com seus programas para controlar os crimes florestais, de mineração ilegal (...) E creio que essa visita nos ajudou a entender esse problema”, disse o embaixador.
Fizeram parte do grupo embaixadores dos seguintes países: África do Sul, Espanha, Peru, Colômbia, Canadá, Suécia, Alemanha, União Europeia, Reino Unido, França e Portugal, além da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).
“Considero que a aceitação do convite por parte dos embaixadores que nos acompanharam nesta viagem foi um gesto de apoio aos nossos esforços e de abertura ao diálogo e cooperação internacional, acrescentou Hamilton Mourão, no programa Por Dentro da Amazônia.