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Ação integrada do Governo Federal e estados combate crime organizado no país
Operação Peculium aconteceu no município de São Borja (RS), na última terça-feira (23/11). - Foto: Polícia Federal
A Polícia Federal desarticulou organização criminosa dedicada à prática de crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro na fronteira com a Argentina. A ação, que movimentou 70 policiais federais para o cumprimento de 60 ordens judiciais, aconteceu no município de São Borja (RS), na última terça-feira (23/11), na Operação Peculium.
Na ação, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, seis mandados de prisão, sequestro de 14 veículos, 11 imóveis e o bloqueio judicial de até 21 milhões de reais em contas bancárias vinculadas a 13 pessoas físicas e empresas. Esta é uma das operações coordenadas pelo Governo Federal no combate ao crime organizado.
De 2018 até o momento, mais de R$ 2 bilhões foram investidos em operações simultâneas de combate a organizações criminosas no Brasil inteiro, trazendo resultados expressivos. “Já foram mais de 2.2 bilhões de reais descentralizados para os estados para que possam investir em tecnologia, em veículos, investir nas suas polícias. Esse recurso do fundo nacional ajuda muito os estados e essa é uma das principais formas que o Governo tem ajudado”, explicou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.
Descapitalização das organizações criminosas
De acordo com o ministro da Justiça, uma das estratégias utilizadas no combate ao crime organizado é a descapitalização das organizações criminosas. “A descapitalização dessas organizações ela é básica, é um resultado eficaz do combate ao crime organizado. Isolar suas lideranças depois de presas e diminuir o poder financeiro dessas organizações é o segredo para o combate ao crime organizado, nós temos feito isso sistematicamente no Governo”, destacou o ministro Anderson Torres.
Um exemplo dessa ação é a Operação Égide, que já contabilizou cerca de 2 mil prisões e 448 veículos recuperados. Além disso, a ação apreendeu 84 armas de fogo, 33.774 kg de maconha, 3.287 kg de cocaína, 6.968.227 maços de cigarro e R$ 427.042,79 de origem não declarada no estado do Rio de Janeiro.
Outro exemplo importante é a Operação Narco Brasil, a maior operação já feita de combate ao Narcotráfico no Brasil. Foram mais de 535 toneladas de drogas apreendidas, quantidade que representa cerca de 745kg de entorpecentes retirados de circulação a cada hora no país. A ação resultou na prisão de mais de 12 mil criminosos, apreensão de mais de 4 mil armas, 3.970 veículos e confisco de quase R$ 6 milhões em bens.
Bens apreendidos
Já foram realizados mais de 200 leilões de bens apreendidos neste ano. A venda destes bens faz com que o dinheiro possa retornar e ser utilizado para investimentos no combate ao crime. “A gente chama isso de uma visão capitalista de combate ao crime organizado, é tirar o dinheiro do crime, tirar o dinheiro do tráfico e voltar esse dinheiro no combate ao tráfico,” explicou o ministro da Justiça.
O dinheiro arrecadado é usado para compra de armamento, investimento nas polícias e em tecnologia e inteligência, bem como outras necessidades do setor.