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POLÍCIA FEDERAL
PF desarticula esquema internacional de tráfico de drogas a partir de aeroporto paulista
Policiais federais deram cumprimento a 7 mandados de busca e apreensão - Foto: PF
A Polícia Federal deflagrou na segunda-feira (25/10) a Operação Lavaggio II, para aprofundamento da apuração de crimes de lavagem de dinheiro, praticados por investigados envolvidos em tráfico internacional de drogas, a partir do Aeroporto Internacional de Viracopos. Policiais federais deram cumprimento a 7 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal em Campinas, sendo 5 em Mato Grosso e 2 em São Paulo.
A investigação se originou em decorrência de elementos obtidos durante a Operação Overload (deflagrada em 6/10/2020) e tem por objetivo identificar bens adquiridos com proventos oriundos das atividades da organização criminosa, bem como outros envolvidos que tenham autorizado o uso de seus nomes para ocultá-los.
A atual fase de investigação está centrada em um suspeito e seus familiares residentes no Mato Grosso. Ele utilizava a logística do Aeroporto Internacional de Viracopos para enviar remessas de grande quantidade de drogas para a Europa. Foram identificadas movimentações financeiras incompatíveis com a renda declarada, além da aquisição de joias, relógios e veículos de luxo, apartamentos, empreendimentos imobiliários em São Paulo e uma fazenda em Mato Grosso.
Esse é o quarto desdobramento da Operação Overload e decorre do trabalho da Polícia Federal em descapitalizar as organizações criminosas voltadas ao tráfico de drogas.
Saiba mais:
O primeiro desdobramento da Operação Overload se deu em dezembro de 2020 (Operação AKE); o segundo se deu em fevereiro de 2021 (Operação Lavaggio), o terceiro se deu em julho deste ano (Operação Airline).
Da Operação Overload (1ª fase)
Durante as investigações da Operação Overload, constatou-se a existência de uma organização criminosa voltada ao tráfico internacional de drogas, operando a partir do Aeroporto Internacional de Viracopos. No esquema, estavam envolvidos empregados de empresas terceirizadas, de companhia aérea, integrantes das Forças de Segurança Pública e estrangeiros em solo europeu.
Na Operação Overload, 32 pessoas foram presas temporariamente e foram apreendidos veículos e dinheiro no valor aproximado de 3 milhões de reais.
Da Operação AKE (2ª fase)
No primeiro desdobramento da operação Overload, a Polícia Federal deu cumprimento a sete mandados de prisão preventiva expedidos contra os investigados que compunham parte da organização criminosa, estando estes presos até a presente data.
Da Operação Lavaggio I (3ª fase)
O segundo desdobramento, durante as apurações da Operação Lavaggio, a Polícia Federal identificou na análise de material apreendido, ao menos, 20 atos de lavagem relacionadas a um dos principais investigados, contabilizando alienações de veículos e compras de imóveis (apartamentos, casas, chácaras), o que foi feito envolvendo familiares do investigado, cujas rendas eram incompatíveis com as transações, além de terceiros e pessoas jurídicas.
Na oportunidade, foram cumpridos 6 mandados de busca e apreensão e 7 ordens judiciais de bloqueio de imóveis (Campinas e Monte Mor), cujo valor aproximado ultrapassou 3 milhões de reais.
Da operação Airline (4ª fase)
No terceiro desdobramento, a Polícia Federal centrou seu trabalho em cumprir 18 mandados de prisão preventiva dos envolvidos e 2 mandados de busca e apreensão.
Com informações da Polícia Federal