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Operação Poisedon
Forças Armadas realizam exercícios integrados com uso do maior navio do Brasil
Navio Aeródromo Multipropósito Atlântico, a maior embarcação da Marinha Brasileira. - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Um gigante de 200 metros de comprimento que pode transportar até 1.100 tripulantes. Esse é o Navio Aeródromo Multipropósito Atlântico, a maior embarcação da Marinha Brasileira. Ele é um porta-helicóptero com uma pista que comporta a operação de até sete aeronaves ao mesmo tempo.
Na semana passada, o navio serviu de base para a Operação Poseidon, um treinamento realizado desde 2018 pela Marinha. Neste ano, pela primeira vez, o exercício com o navio em movimento também contou com a participação de helicópteros do Exército e da Força Aérea Brasileira. Foram mais de 800 militares das três Forças participando do treinamento. Os exercícios foram realizados na Região dos Lagos, no litoral norte do estado do Rio de Janeiro.
“O Ministério da Defesa trabalhou, desde 2018, nessa programação do adestramento dos pilotos, principalmente. No ano passado nós fizemos o nosso primeiro adestramento, em conjunto, com as três aeronaves das Forças e o navio estava parado, como se fosse um aeroporto. Isso deu certo, nós qualificamos os pilotos, e agora passamos para uma nova fase desse exercício, já com o navio navegando. Isso tem uma diferença sensível, principalmente para os pilotos que precisam se qualificar”, explicou o Almirante de Esquadra Petrônio Augusto de Aguiar, chefe de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa.
Entre as dificuldades no treinamento estão enfrentar o vento forte em alto mar e fazer o pouso em uma pista que está em movimento. A partir de agora, os pilotos estão capacitados para fazer esse tipo de operação em missões reais.
A Operação Poseidon é a terceira etapa de qualificação de pilotos do Exército Brasileiro e da Força Aérea a bordo de navios da Marinha.
Aeródromo Multipropósito Atlântico
O Navio Aeródromo Multipropósito Atlântico é o Capitânia da Esquadra da Marinha. Ele pertencia à Marinha do Reino Unido e foi adquirido pelo Brasil em 2018. Além das tarefas de controle de áreas marítimas, com uso de helicópteros, a embarcação é também é apropriada para missões de caráter humanitário, auxílio a vítimas de desastres naturais, de evacuação de pessoal e em operações de manutenção de paz. O navio comporta em seu hangar até 12 helicópteros de médio porte e mais quatro de pequeno porte.
“Esse é um navio multipropósito, então, ele é feito tanto para operações aéreas, que é o que navios aeródromos são, uma plataforma, um aeroporto, que leva o aeroporto onde a ação está. Mas ele tem infinitas outras capacidades, como transportar tropas para uma situação, embarcar equipamentos de combate anfíbio, carros lagartos anfíbios. Temos capacidade de assistir em questões de apoio à saúde, uma região que precise de apoio de saúde por um desastre ambiental ou por uma questão de conflito. Então, o Atlântico é um navio muito versátil", ressalta o Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos, Comandante da Marinha.