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Vigilância
Nova estação de radar no Mato Grosso do Sul reforçará segurança no espaço aéreo
O equipamento amplia a vigilância aérea brasileira e o combate ao tráfego aéreo ilícito - Foto: PR
Uma nova estação radar da Força Aérea Brasileira (FAB) iniciou as atividades nesta terça-feira (18) para reforçar a segurança do espaço aéreo na fronteira do Brasil com o Paraguai e a Bolívia. O equipamento, instalado em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, foi inaugurado pelo Presidente Jair Bolsonaro.
O equipamento amplia a vigilância aérea brasileira e o combate ao tráfego aéreo ilícito, com foco no Centro-Oeste brasileiro. A estação vai facilitar o monitoramento de aeronaves voando em baixas altitudes na região de fronteira e ampliar a capacidade de identificação de voos não autorizados. Assim, colabora para ações de policiamento do espaço aéreo e de combate ao narcotráfico.
Durante a cerimônia de inauguração, o Presidente Jair Bolsonaro ativou a estação radar por meio de vídeos interativos de acionamento do sistema. Ele também se comunicou com o piloto do Super Tucano A-29 e deu o comando para o início da ação que simulou a interceptação de uma aeronave ilícita.
O Comandante da Aeronáutica, Antonio Carlos Moretti Bermudez, destacou a importância do funcionamento do sistema para a segurança da fronteira brasileira.
“O dia de hoje marca a importância dada pelo governo brasileiro a defesa da soberania e de suas riquezas. Nossa fronteira sudoeste é o símbolo da natureza indômita, onde estão localizados o bioma Pantanal, um extraordinário patrimônio hídrico, a terceira maior reserva de minério de ferro e a segunda de manganês do Brasil. Riquezas que despertam interesses e cobiças”, disse o comandante da Aeronáutica.
Monitoramento do espaço aéreo
A estação instalada em Corumbá é composta por radares primário e secundário. O primário faz parte de uma nova geração de radares de longo alcance com capacidade para detectar aeronaves cooperativas e não-cooperativas. Também identifica alvos com precisão, além de ter funções de proteção eletrônica que resguardam os radares contra interferências eletromagnéticas, sejam elas intencionais ou não. O radar secundário obtém informações como identificação, altitude e velocidade de aeronaves.
Com os equipamentos é possível, por exemplo, detectar aeronaves em altas velocidades com grande capacidade de manobras, como os aviões de caças, e obter informações com elevado grau de assertividade permitindo melhores ações de interceptação pelos caças da FAB.
Depois de Corumbá, as localidades de Porto Murtinho (MS) e Ponta Porã (MS) deverão as próximas a contarem com o equipamento.
Produção nacional
Os radares foram fabricados no Brasil pela Omnisys, empresa da Base Industrial de Defesa do Brasil. O contrato de fornecimento prevê a absorção do conhecimento técnico pelo Comando da Aeronáutica (Comaer), possibilitando a manutenção preventiva e corretiva, minimizando os custos de logística e mantendo um alto nível de disponibilidade dos equipamentos.
“Seu projeto representa a competência da engenharia brasileira e nos dá a certeza que a integração dos campos científico e tecnológico, o fomento e estímulo a pesquisa e ao desenvolvimento são capazes de prover a nação brasileira a soberania imprescindível ao franco crescimento”, disse o Comandante da Aeronáutica, Antonio Carlos Moretti.