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Na Amazônia Legal, militares atuam contra a Covid-19 e na repressão a delitos ambientais
Militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica agem em todo o território nacional contra a pandemia causada pelo novo coronavírus por meio das ações da Operação Covid-19. - Foto: Ministério da Defesa
Militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica agem em todo o território nacional contra a pandemia causada pelo novo coronavírus por meio das ações da Operação Covid-19. Nos estados inseridos na Amazônia Legal, a luta também é para prevenir e reprimir delitos ambientais na Operação Verde Brasil 2. Nas últimas horas, as Forças Armadas desenvolveram atividades variadas em continuidade a ambas as Operações.
No extremo Norte do Brasil, no município de São Gabriel da Cachoeira (AM), a aeronave KC-390 pousou pela primeira vez na região desde sua incorporação à frota da Força Aérea Brasileira (FAB) transportando mais de duas mil toneladas de equipamentos de proteção individual, medicamentos e testes para detectar as doenças Covid-19 e malária. O material será distribuído para as comunidades próximas aos Pelotões Especiais de Fronteira do Exército, fortalecendo o atendimento de saúde e a atenção à população indígena da fronteira no enfrentamento à pandemia.
As atividades aéreas das Operações Covid-19 e Verde Brasil 2 são coordenadas pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), permanentemente ativado em Brasília, Distrito Federal. Pela Verde Brasil 2, as aeronaves militares já cumpriram mais de 260 horas de voo em missões de mobilização, reconhecimento aéreo, patrulha aeromóvel, entre outras. Contra a Covid-19, desde 20 de março, já são mais de 770 horas de voo cumpridas, transportando 271 toneladas de carga. O número é o equivalente a uma volta ao mundo a cada dez dias de Operação.
Em Rondônia, a 17ª Brigada de Infantaria de Selva apoiou o governo do estado na testagem rápida da Covid-19, nos municípios de Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal, Rolim de Moura, Vilhena e Guajará-Mirim. A Organização também é sede do Comando Conjunto Príncipe da Beira, da Operação Verde Brasil 2, que desenvolve ações como inspeção naval, fiscalização de madeireiras e patrulha motorizada, terrestre, fluvial e aeromóvel nos estados de Rondônia, Amazonas e Acre.
No Pará, os militares do Comando Conjunto Barão de Melgaço agiram em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal e a Força Nacional de Segurança Pública em Altamira, durante fiscalização contra a extração ilegal de madeira de Anapu.
Outras regiões
No sábado (06), o Comando Conjunto Rio Grande do Norte e Paraíba desinfectou a Secretaria de Infraestrutura do Rio Grande do Norte, empregando militares do Comando do 3º Distrito Naval, da 7ª Brigada de Infantaria Motorizada e da Ala 10. O trabalho foi realizado em horário reservado, sem a concentração de pessoas no local, facilitando a condução da ação e a aplicação dos produtos químicos de forma segura.
No Espírito Santo, militares do 38° Batalhão de Infantaria atuaram na higienização da Unidade de Saúde Ozair Ribeiro, no distrito de Fundão, enquanto o Comando Conjunto Sul apoiou os Órgãos de Segurança e de Saúde Pública para a fiscalização da fronteira oeste de Santa Catarina, a fim de cooperar na prevenção e no combate à Covid-19. A missão foi cumprida pelo Pelotão de Operações Especiais do 28° Grupo de Artilharia de Campanha.
Operação Verde Brasil 2
A Operação Verde Brasil 2 é coordenada pela Vice-Presidência da República, em apoio aos órgãos de controle ambiental e de segurança pública. A missão deflagrada pelo Governo Federal, em 11 de maio de 2020, visa ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais na Amazônia Legal. A determinação presidencial para emprego das Forças Armadas em Garantia da Lei e da Ordem (GLO) foi publicada no Diário Oficial da União por meio do Decreto n° 10.341, de 6 de maio de 2020, e tem validade para o período de 11 de maio a 10 de junho do corrente ano.
Para cumprir a determinação presidencial, o Ministério da Defesa ativou três Comandos Conjuntos. São eles: Comando Conjunto Príncipe da Beira (CCj PB), em Porto Velho (RO); Comando Conjunto Barão de Melgaço (CCj BM), em Cuiabá (MT); e Comando Conjunto Marechal Soares de Andrea (CCj MSA), em Belém (PA).
Assim como na Operação Verde Brasil ocorrida em 2019, o Centro de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa coordena as atividades a partir de Brasília (DF). Ainda participam da missão integrantes da Polícia Federal, Policia Rodoviária Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), Força Nacional de Segurança Pública, Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).
Operação COVID-19
O Ministério da Defesa ativou, em 20 de março, o Centro de Operações Conjuntas, para atuar na coordenação e no planejamento do emprego das Forças Armadas no combate à Covid-19. Nesse contexto, foram ativados dez Comandos Conjuntos, que cobrem todo o território nacional, além do Comando Aeroespacial (COMAE), de funcionamento permanente. A iniciativa integra o esforço do governo federal no enfrentamento à pandemia que recebeu o nome de Operação COVID-19 .
As demandas recebidas pelo Ministério da Defesa, de apoio a órgãos estaduais, municipais e outros, são analisadas e direcionadas aos Comandos Conjuntos para avaliarem a possibilidade de atendimento. De acordo com a complexidade da solicitação, tais demandas poderão ser encaminhadas ao Gabinete de Crise, que determinará a melhor forma de atendimento.
Com informações do Ministério da Defesa