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INVESTIGAÇÃO
Investigações de crimes sexuais no Brasil vão ganhar celeridade, afirma ministro Sergio Moro
Plataforma de extração de DNA atenderá a estados que não possuem infraestrutura - Foto: IsaacAmorim/AG.MJ
As investigações de crimes de violência sexual no Brasil ganharam um novo aliado. Nesta semana, foi inaugurado o primeiro Centro Multiusuário de Processamento Automatizado de Vestígios Sexuais, em Brasília (DF), pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. A novidade vai dar velocidade no processo de verificação de amostras criminais em decorrência da violência sexual. Localizado no Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, a plataforma vai auxiliar os estados brasileiros que ainda não possuem estrutura para processar esse tipo de vestígio, entre eles, os estados do Acre, Alagoas, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Tocantins.
O Centro Multiusuário de Processamento Automatizado de Vestígios Sexuais faz parte de um acordo de cooperação entre a Polícia Federal e a Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A plataforma de extração de DNA será capaz de analisar mais de cinco mil vestígios sexuais ao ano. Foram investidos no equipamento R$ 3 milhões.
Para o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, a plataforma vai solucionar a demora nos processos de análise de amostras criminais decorrentes da violência sexual. “Esse robô, ele aumenta em muito a capacidade de processamento da análise dos vestígios relacionados a crimes sexuais. Realiza o exame simultâneo de mais de 40 amostras e com a capacidade anual de cinco mil vestígios sendo processados”, disse.
Sergio Moro ressaltou ainda que a plataforma vai resolver o atraso de processos antigos. "Nós temos um acúmulo, que vem de outras gestões, de mais de 100 mil vestígios que não foram analisados. Isso agora vai ser agilizado. É mais um instrumento para fortalecer a proteção à mulher. Escolhemos essa data para a inauguração para lembrar que estamos no mês da mulher e esse instrumento será muito valioso no combate aos crimes sexuais que têm as mulheres como principais vítimas", disse o ministro.
Já o coordenador da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Guilherme Jacques, destaca que a aquisição é um avanço para o processo de investigação de casos de violência sexual no Brasil. Ele afirma que ganha o País e ganha os técnicos que vão ser capacitados durante o procedimento.
“Então, esses peritos, além de terem a oportunidade de processar as suas amostras, obter o perfil genético, alimentar o banco de dado, eles também vão passar por um treinamento, vão ter uma experiência no laboratório, com um nível de experiência maior. E isso é interessante para quando ele voltar para o seu estado, além de ter resultados, ele vai levar consigo uma bagagem intelectual”, ressaltou Guilherme Jacques.
Com informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública e Voz do Brasil