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Missão de Paz
Ministério da Defesa homenageia militares que pereceram no terremoto de 2010 no Haiti
Foto: Ministério da Defesa
O último domingo (12) marcou os dez anos do terremoto que deixou um rastro de destruição, com cerca de 230 mil mortos e mais de um milhão e quinhentos mil haitianos desabrigados. Registra, de forma profunda, a história da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH), pela perda de 18 vidas de militares do Exército Brasileiro no cumprimento do dever.
O Ministério da Defesa reconhece o trabalho realizado por todos que atuaram na nobre Missão de Paz no Haiti, mas, sobretudo, a atuação daqueles que atingiram o auge da dedicação à profissão militar, que, extrapolando o juramento de dar a própria vida pela Pátria, pereceram pela melhoria da vida de pessoas de outro país.
Foto: Ministério da Defesa
A Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) foi criada em 2004 para conter a deflagração de uma guerra civil naquele país e esteve sob o comando de militares brasileiros por 13 anos, alcançando, com sucesso, níveis de segurança adequados em diversas áreas, principalmente nos bairros mais violentos da capital Porto Príncipe, como Bel Air, Cité Militaire e Cité Soleil.
Após o desastre, além do trabalho que o Brasil já executava, passou a desempenhar as tarefas de reconstrução e de assistência humanitária, realizando a distribuição de mais de três mil e quinhentas toneladas de mantimentos, procedimentos cirúrgicos para cerca de mil e novecentas pessoas e atendimento médico geral para outras 40 mil afetadas pelo desastre.
Entre as vítimas, estavam, os promovidos post mortem aos postos e graduações: os generais de brigada Emilio Carlos Torres dos Santos e João Eliseu Souza Zanin, o coronel Marcus Vinícius Macedo Cysneiros, os tenentes-coroneis Francisco Adolfo Vianna Martins Filho e Marcio Guimarães Martins, o capitão Bruno Ribeiro Mário, o segundo-tenente Raniel Batista de Camargos, os primeiros-sargentos Davi Ramos de Lima e Leonardo de Castro Carvalho, o segundo-sargento Rodrigo de Souza Lima, os terceiros-sargentos Ari Dirceu Fernandes Júnior, Washington Luiz de Souza Seraphim, Douglas Pedrotti Neckel, José Anacleto, Tiago Anaya Detimermani, Felipe Gonçalves Júlio, Rodrigo Augusto da Silva e Kleber da Silva Santos.
Foto: Ministério da Defesa
As tropas brasileiras deixaram definitivamente o Haiti em 15 de outubro de 2017, com todos os objetivos definidos pela ONU para o Componente Militar plenamente alcançados.
O terremoto de 2010
No dia 12 de janeiro de 2010, um terremoto com magnitude 7.0 na escala Richter destruiu a capital do Haiti, Porto Príncipe, e deixou milhares de mortos e feridos, incluindo milhares de pessoas que tiveram membros amputados, e cidadãos desabrigados. Dentre os mortos, militares brasileiros e a presidente da Pastoral da Criança, Zilda Arns.
Foto: Ministério da Defesa
O desastre natural causou grandes danos à cidade e a outras localidades do país, com milhares de edifícios destruídos, incluindo o Palácio Presidencial, o edifício do Parlamento e a sede da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti.
Com informações do Ministério da Defesa