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Financiamentos do Governo Federal melhoraram PIB per capita, arrecadação e infraestrutura nos municípios
A atuação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em comparação com outros bancos de desenvolvimento no mundo e o impacto das ações da instituição sobre emprego e produtividade da economia são temas do livro ‘Financiar o Futuro: O Papel do BNDES’, lançado em webinar, nesta quarta-feira (4/5), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O estudo ainda se propôs a avaliar os riscos de crédito a firmas brasileiras (comparação Crédito Livre e Direcionado), além de elasticidades juros e prazo, e seguro e crédito agrícola no mercado livre no Brasil.
Dividido em dez capítulos e elaborado por 12 diferentes autores, o livro foi organizado pelos pesquisadores do Ipea João Alberto De Negri, Bruno Cesar Araújo e Ricardo Bacelette e faz uma análise do papel do BNDES no crescimento do país por meio de concessões de financiamentos, sobretudo a municípios.
Além de trazer resumo histórico sobre bancos de desenvolvimento em países como China, Coreia do Sul e Alemanha, a obra parte dessas experiências para situar o Brasil como um país com grande potencial de crescimento econômico.
Investimento em infraestrutura de estados e municípios
A publicação trata ainda sobre os projetos de infraestrutura operacionalizados pelo BNDES, voltados a estados e municípios, abordando os impactos positivos entre os anos de 2002 e 2020. Para esta análise, foram considerados dados como o PIB per capita municipal, as receitas municipais (calculadas pelas somas do IPTU, ISS e ITBI), e os índices de desenvolvimento municipais.
Os resultados revelaram que municípios que contrataram, ao menos um financiamento do BNDES no setor de infraestrutura, tiveram aumento do PIB per capita, em comparação com os demais municípios que não financiaram projetos de infraestrutura. Para esses municípios, foi possível verificar ainda aumento da arrecadação de impostos e do desenvolvimento municipal.
Segundo a publicação, durante o período avaliado (2002-2020), por ano, apenas 38,62% das empresas não realizaram nenhuma nova operação de crédito no mercado brasileiro, 46,49% realizaram apenas operações de crédito livre, 1,78%, apenas de crédito direcionado e 13,11% os dois tipos de crédito.
O livro reforça ainda o conceito de que o crescimento econômico brasileiro deve ser resultado de uma combinação de políticas de financiamento públicas e privadas, além de ideais de boa governança e boa partilha de riscos, assim como experiências bem-sucedidas dos bancos de desenvolvimento estrangeiros.
Acesse aqui o livro publicado em versão preliminar.
Com informações do IPEA .
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